O Cuiabá arrancou um empate em 2 a 2 com o Vila Nova na noite desta quarta-feira, 24 de setembro, no Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, em Goiânia, pela 28ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O Dourado saiu na frente, sofreu a virada e buscou o empate na reta final, mantendo a invencibilidade, mas ainda sem vencer fora de casa há quase quatro meses.
Após a partida, o técnico Eduardo Barros avaliou o desempenho da equipe e afirmou que o Cuiabá foi superior ao adversário e merecia a vitória.
“Se tivesse que ter um vencedor pelo que produziu no jogo, deveria ser a equipe do Cuiabá. Fizemos um primeiro tempo muito superior, com as melhores chances, em quantidade e qualidade”, analisou.
O treinador destacou que a queda de rendimento aconteceu logo após o Vila Nova empatar a partida.
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“Num momento de descuido, quando uma equipe sofre um gol, ela tende a naturalmente se lançar. Foi o que aconteceu com o Vila Nova jogando em casa, precisando do resultado, e nós não tivemos o equilíbrio suficiente para neutralizar o adversário. Tomamos um gol de contra-ataque que não poderíamos ter concedido”, lamentou.
Com o resultado, o Cuiabá chegou a sete jogos sem perder, mas a distância para o G-4 aumentou para quatro pontos, ainda com jogos a serem realizados na rodada. Para Barros, o empate, apesar de manter a série invicta, teve sabor amargo.
“O empate fora de casa é um bom resultado, se você olha para a tabela de forma isolada. Mas, pelo momento da competição, não é. Dois pontos a mais nos deixariam mais próximos do G-4”, afirmou.
O técnico também elogiou a postura ofensiva da equipe em Goiânia, ressaltando a dificuldade que o Vila Nova costuma impor aos adversários em seus domínios.
“Vir aqui e produzir o que a gente fez não é dos males o menor. O Vila venceu o Goiás e empatou com o Remo, controlando bem esses jogos. Então temos que valorizar o que fizemos”, ponderou.
Apesar disso, Barros voltou a criticar o número de gols sofridos, que considera o principal problema do time.
“Hoje esse é o problema crônico da equipe. Tomamos um gol de contra-ataque com toda a equipe atrás da linha da bola. Isso não pode acontecer. Se quisermos chegar ao fim da competição vivos na briga pelo acesso, vamos precisar melhorar a performance defensiva”, alertou.
O treinador reforçou que a fragilidade não está restrita ao setor defensivo, mas ao comportamento coletivo.
“Os pontos escaparam pela falta de consistência defensiva, e isso não é um problema da defesa, é do time todo. Do atacante ao goleiro, todos precisam defender de forma consistente o tempo todo. E quem entra durante o jogo, da mesma forma”, explicou.
Barros também comentou seu estilo enérgico à beira do campo. “Nos momentos de mais irritação é quando a equipe deixa de fazer aquilo que estava combinado. O jogo foi eletrizante, mais aberto do que eu gostaria, e acabamos oferecendo mais chances ao adversário do que nos últimos jogos”, disse.
Sobre o setor ofensivo, o técnico destacou a disputa por posição entre Jader e Juan Christian. No duelo contra o Vila, Jader marcou um gol, mas foi substituído no intervalo.
“Ele é um excelente jogador, já foi decisivo em outras partidas. Mas entendi que precisava da troca para melhorar em alguns aspectos em que deixamos a desejar no primeiro tempo. Essa posição está em aberta e será uma disputa sadia para ver quem será titular”, concluiu.
Com o empate, o Cuiabá chegou aos 43 pontos, ainda na briga pelo acesso à Série A de 2026. O próximo desafio do Dourado será diante do Sampaio Corrêa, em casa, no fim de semana.
