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Dia Nacional da Doação de Órgão: “Vinte anos depois… um novo recomeço!”

No sábado (27) é celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos. Como forma de sensibilizar as pessoas sobre o tema, a servidora Fabyola Coutinho (Comunicação Social) contou a história vivenciada por sua família.

Confira:

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Ainda me lembro do barulho das máquinas e da tristeza que senti ao acompanhar minha prima, irmã de coração, nas primeiras sessões de hemodiálise. Foi chocante ver crianças e pessoas de todas as idades na clínica. Minha prima tinha 27 anos, um bebê de cinco meses e menos de 8% dos rins funcionando. Não havia escolha. A máquina era a única chance.

Era 2024, ano de início de uma trajetória de mais de 20 anos de diálise e várias noites mal dormidas, consequências da pressão alta e de outros efeitos causados pelo tratamento. Nós agradecíamos por saber que a medicina evoluiu a esse ponto e permitiu vida nessas duas décadas. Contudo, foi uma jornada sofrida. E não só para ela.

Nos últimos cinco anos de hemodiálise, minha prima era um rascunho da mulher bonita que foi um dia. Andava com muita dificuldade em função do desgaste ósseo, curvada como uma senhora de idade e o corpo não aguentava mais quatro horas na máquina. Eram duas, e quando tudo estava melhor, três horas por dia, durante três dias da semana.

Seu irmão, que é médico, dizia que aproveitássemos o tempo que nos restava com ela porque não acreditava que um transplante fosse possível. O corpo não aguentaria. Estava muito debilitado, dias após dia.

Mas, a fé move montanhas. Acho que isso a manteve viva. Ela fez um propósito com Deus e ele honrou a promessa.

Em 2023, o marido a intimou a tentar novamente o transplante, opção que ela temia. Primeiro, porque os irmãos são hipertensos, assim como os pais e quase todos os primos. Em segundo lugar, vinha o medo de não dar certo. Ao contrário do que pensamos, o transplante não é a cura e sim um tratamento, uma nova etapa de cuidados intensos.

Mas mesmo receosa, deu início aos inúmeros exames para avaliar as condições dos órgãos. A cada resultado uma esperança crescia. A médica, que a princípio, também parecia pessimista, ia se surpreendendo com o que via.

No início de 2024 ela fez o último e decisivo procedimento. Ainda lembro da sua emoção ao me ligar e dizer que estava apta ao transplante. Eu senti a alegria na voz dela, mas no meu íntimo não acreditava que as coisas pudessem dar certo, enfim, era preciso ter um doador. E essa possibilidade parecia tão remota e distante naquele momento…

Ainda bem que ela pensava diferente. Manteve a esperança e a confiança inabalável na providência divina. Quinze dias depois do último exame, o qual lhe tornava ativa na lista de transplante, recebeu a ligação de Curitiba.  Foi chamada na fila normal (sem prioridade), apenas pela compatibilidade, a qual estava em primeiro lugar. 

Hoje, 1 ano e 4 meses depois, como ela mesmo diz: ‘tem uma vida restaurada’.  O corpo se adaptou muito bem ao novo rim e agora as coisas estão bem diferentes. Para quem já arrastava ao andar, faz 5 km de caminhada diariamente. 

A mudança é inacreditável.

Foram 20 anos de hemodiálise! A expectativa de vida de um paciente que se submete a esse procedimento é de 5 a 10 anos, ou seja, minha prima contrariou todas as estimativas.

Não sabemos nada sobre o doador, mas isso não muda a imensa generosidade de sua família. Transformaram a dor em recomeço, vida e esperança. A eles nosso muito obrigada!

Quis contar essa história para que as pessoas saibam o quanto a Doação de Órgãos é importante! Se puder, ajude outras famílias! A família é a detentora da decisão, por isso é tão importante abordar o assunto, pois assim se gera uma mentalidade doadora.

Campanha

27 de setembro é o Dia Nacional de Doação de Órgãos. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 80 mil pessoas aguardam um transplante no país. Para reverter essa situação, a pasta lançou este ano a campanha “Doação de Órgãos. Você diz sim, o Brasil inteiro agradece. Converse com sua família, seja um doador”.
“Uma Vida, salva oito.”

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