Câmara Municipal de Cuiabá
Parlamentar destaca que sua participação nas eleições de 2026 depende do alinhamento com a sigla.
Câmara Municipal de Cuiabá
Parlamentar destaca que sua participação nas eleições de 2026 depende do alinhamento com a sigla.
Após criticar a falta de diálogo no União Brasil e receber do governador Mauro Mendes (União) a informação de que os debates internos estão sendo conduzidos apenas com algumas lideranças, a vereadora Michelly Alencar afirmou que reavaliará sua participação como candidata a deputada estadual nas eleições de 2026 caso o partido não a libere para deixar a sigla. Michelly ressaltou que vive a política como um propósito e não quer se aventurar em uma candidatura sem segurança sobre os rumos que o partido tem tomado. A declaração foi dada nesta sexta-feira, 26 de setembro.
Diante da situação, a parlamentar explicou que estava com as negociações fechadas com outros partidos e que agora precisa avaliar novos cenários.
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“Não sabia que poderia, tinha fechado as portas para negociação com outros partidos. Então, agora tudo é novo, é esperar o direcionamento que as coisas vão tomar, aquilo que Deus for direcionar a gente. É um cenário saindo do União Brasil, é outro cenário ficando na União Brasil e é outro cenário eu ficando se eu realmente tenho viabilidade para sair candidata ou não”, afirmou, mostrando cautela diante das incertezas políticas.
Michelly revelou que já recebeu convites de outras siglas, mas reforçou que a decisão sobre seu futuro depende da liberação do União Brasil. “Muitos vieram me perguntar: ‘Você fica na União Brasil, você não fica, você vai para onde? Quer vir para o partido tal?’ E eu, assim, entendo que se todo mundo está conversando sobre isso, agora eu preciso ter um alinhamento com o meu partido”, explicou.
O descontentamento da parlamentar vem após críticas públicas à comunicação interna do União Brasil. Em 18 de setembro, Michelly apontou falhas no diálogo do partido e cobrou maior participação das lideranças estaduais nas discussões com as bases, elogiando apenas o deputado estadual Dilmar Dal’Bosco como exceção.
A resposta do governador Mauro Mendes foi considerada ríspida pela vereadora, que interpretou a situação como uma forma de exclusão: “Deu a entender que eu não tenho espaço e eu não sirvo lá. É muito simples, aonde você não é bem-vindo, dá um beijinho, pega seu banquinho e sai de fininho. Então, nesse caso, para eu sair de fininho, ele tem que me dar uma carta. É só dar a carta que eu estou com roupa de ir, estou pronta”, disse durante conversa com jornalistas nos corredores da Câmara, em 25 de setembro.
Como não há janela partidária para vereadores, Michelly corre risco de perder seu mandato por infidelidade partidária, já que a legislação eleitoral prevê cassação para políticos que se desfiliam sem anuência partidária. Com a liberação do União Brasil, ela poderá seguir com suas funções normalmente. “Se não preciso estar lá, só me dar minha carta e está tudo certo. Estarei pronta pra pegar minha carta e conversar com outros partidos”, concluiu.
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