O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, manifestou preocupação com a crescente politização do Poder Judiciário brasileiro em entrevista ao CNN 360° desta quinta-feira (13). Zema criticou o que considera ser um “desvirtuamento” da função judicial no país.
Ao comentar sobre a situação jurídica de Jair Bolsonaro, Zema afirmou: “O que me preocupa muito é a conotação política que o judiciário tomou aqui no Brasil”.
O governador argumentou que em “país sério, em país que funciona bem, [o Judiciário] julga”, contrastando com o cenário brasileiro, onde, segundo ele, há “um grande viés político, um judiciário que julga ao sabor do momento político”.
Críticas às condenações e prioridades judiciais
Zema apontou o que considera ser um paradoxo na atuação do Judiciário brasileiro: “Nós temos uma questão de condenações exageradas e enquanto isso o judiciário deixa de prender boa parte dos criminosos que estão aí causando 40 mil assassinatos, homicídios no Brasil por ano”.
O governador mineiro expressou sua contrariedade com o que chamou de “penas exageradas para alguns que cometeram atos que não teve nenhuma periculosidade, estão aí detidos há mais de um ano”.
Ele argumentou que o Estado deveria focar em “resolver os problemas das pessoas do pagador de impostos e não de político que está querendo se reeleger ou tirar o adversário do caminho”.
Necessidade de mudanças
Zema concluiu sua fala enfatizando a necessidade de reformas no sistema judiciário brasileiro: “O Brasil precisa de mudanças no judiciário”.
Ele expressou preocupação com o que percebe como uma transformação do Judiciário em “uma ferramenta de política e não uma ferramenta para fazer justiça”.