A colheita prosseguiu e alcançou 35% da área cultivada, sendo favorecida pelo período sem chuvas, que tem se mostrado extremamente benéfico para os orizicultores, tanto para o andamento da operação sem intercorrências quanto para manter as estradas adequadas ao escoamento da produção.
A produtividade ainda está em níveis bastante satisfatórios, destacando-se a importância da radiação solar abundante para os cultivos, característica de anos de La Niña. Entretanto, no Centro-Oeste do Estado, a restrição hídrica, causada pelas limitações no manejo da irrigação, associadas às temperaturas extremamente elevadas durante a fase de floração, afetaram negativamente o desempenho de algumas lavouras.
As condições ambientais mais recentes, como as temperaturas amenas, têm sido ideais para o desenvolvimento das lavouras em fase de enchimento dos grãos, reduzindo a necessidade de irrigação e favorecendo a sanidade das plantas.
Contudo, os produtores continuam apreensivos com as quedas contínuas no preço do grão, que, apesar de típicas durante o período de safra, estão ocorrendo de forma abrupta, especialmente considerando que a maior parte da safra do Estado ainda não foi colhida.
Segundo o Instituto Rio Grandense de Arroz (IRGA), a área plantada é de 970.194 hectares. A Emater/RS-Ascar estima produtividade de 8.376 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, em Dom Pedrito, a colheita atingiu 23% dos 38 mil hectares cultivados, e a produtividade deverá ser superior aos 7.725 kg/ha inicialmente projetados. Na Fronteira Oeste, em Alegrete, 40% dos 53.600 hectares plantados foram colhidos, e em Maçambará, 55% dos 20 mil hectares. As produtividades variam entre 7.900 e 9.000 kg/ha. Em Santa Margarida do Sul, a colheita segue com produtividades satisfatórias, embora relatos indiquem prejuízos na qualidade do grão, além de maior percentual de grãos quebrados devido às ondas de calor durante a fase de maturação. Em São Gabriel, 15% dos 26 mil hectares plantados foram colhidos, com boas produtividades até o momento. A umidade dos grãos colhidos está entre 18% e 21%, e o índice de grãos inteiros varia de 58% a 63%.
Na de Pelotas, as atividades de colheita se intensificaram, destacando-se Piratini, que chegou a 50% das lavouras, e São Lourenço do Sul, 45%. Na região, a operação atinge 11%. A fase predominante é a maturação, representando 61% da área, e 28% estão em enchimento de grãos. As produtividades variam entre 8 mil kg/ha e 10 mil kg/ha.
Na de Santa Maria, a colheita avançou rapidamente, favorecida pelas condições de tempo seco no último período. Em Cachoeira do Sul, 37% foram colhidos e em São Francisco de Assis, 40%. Os rendimentos têm atendido às expectativas iniciais, embora alguns municípios apresentem redução.
Na de Santa Rosa, em Garruchos, a colheita avançou de forma significativa, e mais de 50% da área cultivada foi colhida. No entanto, os produtores enfrentam dificuldades na comercialização do grão, uma vez que as unidades de beneficiamento não estão oferecendo cotação, aguardando a definição e a estabilização dos preços.
Na de Soledade, o ritmo de colheita aumentou, atingindo 17% da área. O clima seco predominante favoreceu as operações, e os grãos colhidos apresentam ótima qualidade e bom rendimento no engenho. O quadro geral da cultura é considerado normal em razão do estado nutricional e da sanidade adequados. O clima ameno também tem reduzido a pressão da doença brusone.
Comercialização (saca de 50 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 5,67%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 88,16 para R$ 83,16.
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Fonte: Emater/RS
Autor:Informativo Conjuntural 1859
Site: EMATER/RS
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