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Banco cobra R$ 150 para não clientes tomarem banho no Ibirapuera

São Paulo — Não é apenas nos preços dos produtos vendidos em lanchonetes, carrinhos e restaurantes que o Parque Ibirapuera guarda semelhanças com aeroportos, como o Metrópoles mostrou nesse sábado (22/3). Desde o fim do ano passado, o cartão-postal de São Paulo também abriga uma espécie de “sala vip” para clientes de alta renda de uma instituição financeira. Quem não é cliente tem que pagar R$ 150 para usar o espaço por duas horas, com direito ao banho.

Em novembro, o Nubank inaugurou o espaço, onde, no passado, funcionou uma base da Guarda Civil Metropolitana (GCM), na entrada do Portão 7. “Em meio à rotina acelerada de São Paulo, tome um tempo para recarregar as energias na Casa Nubank Ultravioleta, a sua segunda casa no Parque Ibirapuera”, diz a publicidade.

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Casa Ultravioleta, do Nubank, no Parque Ibirapuera, em São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

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Imagem mostra local onde banho custa R$ 30 no Parque Ibirapuera, em São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

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Entrada do Parque Ibirapuera, em São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

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Banheiro do Parque Ibirapuera, em São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

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Banheiro do Parque Ibirapuera, em São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

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Imagem mostra carrinho de água de coco no Parque Ibirapuera, em São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

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Carrinho do Parque Ibirapuera, ponto onde os preços são mais baixos que no geral

William Cardoso/Metrópoles

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Pessoas correm pelo Parque do Ibirapuera, em São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

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Lago do Parque Ibirapuera, em São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

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Local onde funciona um dos dois grandes restaurantes dos Parque Ibirapuera, em São Paulo

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Local onde funciona um dos dois grandes restaurantes dos Parque Ibirapuera, em São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

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Local onde funciona um dos dois grandes restaurantes dos Parque Ibirapuera, em São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

Embora seja concedido à Urbia, o Ibirapuera ainda é um parque público e, por contrato, não poderia ter um espaço disponível apenas para clientes de um banco, com acesso vetado para outras pessoas. Em fevereiro, a prefeitura chegou a determinar o fechamento da Casa Ultravioleta, mas deu brecha para que ela pudesse funcionar, desde que não fosse exclusiva, mesmo que para isso fosse cobrada a entrada da população em geral.

Em março, o Nubank passou então a fazer a cobrança para quem não é cliente de alta renda: R$ 150 por pessoa, por duas horas, mediante a disponbilidade.

Quem usa a sala vip do Nubank no principal parque público da capital paulista tem uma série de mimos à disposição. Começa pelo estacionamento gratuito com manobrista, com entrada pelo Portão 7, e chega às “toalhas Trousseau e produtos L’Occitane en Provence” nos banheiros. Também tem wifi e café, entre outros.

O que dizem os envolvidos

A reportagem fez uma série de questionamentos ao Nubank, como quanto o banco pagou para instalar a Casa Ultravioleta no parque, os custos mensais de manutenção, por qual motivo foi construída onde havia base da GCM no passado, bem como se influenciadores e personalidades que divulgam o local têm conhecimento dos valores cobrados de não-clientes.

O banco também foi questionado sobre qual a justificativa para implantar um espaço exclusivo para clientes de alta renda em um parque público e também sobre a motivação para fazer a cobrança para a população em geral.

“A Casa Nubank Ultravioleta é uma experiência desenvolvida com o objetivo de oferecer um espaço de descompressão antes e depois das atividades físicas no Parque Ibirapuera”, disse o banco, como resposta. “O agendamento para clientes Ultravioleta é gratuito e pode ser feito pelo aplicativo do Nubank. Os frequentadores do parque também podem ter acesso à Casa, mediante disponibilidade no local e pagamento de uma tarifa para acesso aos serviços oferecidos no local. Além disso, o espaço conta com um deck aberto ao público”, afirmou, em nota.

A Urbia, que oferece 10 minutos de banho em espaço próprio, sem toalha e nem sabonete, por R$ 30, também foi questionada a respeito da Casa Ultravioleta.

A concessionária disse que o espaço foi instalado em uma estrutura já existente, que não era mais utilizada pela GCM desde antes da concessão e que não havia planos de retomada da atividade neste local. “A iniciativa está alinhada ao planejamento de melhorias para ampliar o acesso e a experiência dos visitantes”, disse. “Todos os frequentadores do parque podem usufruir dos serviços oferecidos no local, mediante disponibilidade e pagamento da tarifa correspondente. O deck externo segue aberto ao público gratuitamente”, afirmou.

Questionada sobre os valores envolvidos na transação, a Urbia disse que “todas as parcerias comerciais estabelecidas no parque atendem à legislação vigente e contribuem para a sustentabilidade financeira da gestão do espaço, sendo as condições confidenciais entre as partes”.

A prefeitura foi questionada se a cobrança de R$ 150 para se acessar a Casa Ultravioleta não inviabiliza a utilização e não torna o local tão excludente quanto era antes para a população em geral. A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente respondeu dizendo que acompanha o caso para que todas atividades cumpram o contrato.

Sobre a instalação da Casa Ultravioleta no local onde havia base da GCM, a prefeitura disse que a concessionária passou a utilizá-lo para outras finalidades, conforme previsto no contrato. “Cabe destacar que a GCM coordena com a concessionária ações para garantir apoio preventivo à segurança dos visitantes. De janeiro a outubro de 2024, foram realizadas 5.052 rondas pelos agentes municipais”, afirmou.

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