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Agentes alertam em podcast; Alta Floresta tem quase o dobro de veículos que condutores habilitados

Na noite desta terça-feira (3), o Podcast Papo Amazônia promoveu um importante debate sobre os desafios e problemas enfrentados no trânsito de Alta Floresta. Os convidados da edição foram Éder Souza, diretor da Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Segurança, e o Major Lucas Maciel, comandante regional adjunto do 9º Comando da Polícia Militar de Mato Grosso. A mediação foi feita pelo comunicador e empresário Luiz Cézar Dias Jorge.

Durante a conversa, os convidados revelaram dados alarmantes que mostram como o crescimento acelerado da cidade tem pressionado sua estrutura viária. Alta Floresta, que hoje se posiciona como um polo estratégico para o escoamento da produção agropecuária e extrativista da região, vive uma transformação urbana evidente. No entanto, junto com o desenvolvimento, vêm os problemas típicos de cidades maiores: trânsito congestionado, aumento de sinistros e número elevado de condutores irregulares.

Foto: Reprodução/Podcast Papo Amazônia

Segundo Éder Souza, Alta Floresta passou de uma cidade em que “ninguém se atrasava por causa do trânsito” para um município onde já é comum perder compromissos por conta do tráfego intenso. “A frota de veículos cresceu demais. Em 2022, tínhamos cerca de 50.800 veículos registrados. Hoje, esse número já ultrapassa os 56 mil”, destacou. Apesar desse crescimento, o número de condutores habilitados não acompanha o mesmo ritmo: são pouco mais de 30 mil motoristas regularizados, o que revela uma diferença preocupante. Em outras palavras, a cidade tem quase o dobro de veículos emplacados do que condutores habilitados.

O Major Lucas Maciel também alertou sobre a gravidade da situação. Só em 2025, até o momento, foram realizadas 21 edições da Operação Lei Seca em Alta Floresta. Nelas, foram flagradas 322 pessoas dirigindo sob influência de álcool, 448 pessoas conduzindo veículos sem habilitação, e 377 veículos circulando sem licenciamento. Além disso, 133 motoristas foram presos por embriaguez ao volante.

A situação se agrava ainda mais quando se observa o perfil dos veículos envolvidos nos acidentes. De acordo com dados apresentados durante o programa, cerca de 70% dos sinistros registrados no município envolvem motocicletas. Desses, aproximadamente 60% dos condutores não possuem habilitação. “O trânsito é responsabilidade de todos nós. Quando a fiscalização acontece, ela é consequência da conduta irregular, não a causa do problema”, ressaltou o Major.

O episódio também abordou o custo financeiro e social dos acidentes. Apenas em 2022, o Hospital Regional de Alta Floresta registrou 242 internações em UTI por acidentes de trânsito. Cada morte no trânsito, segundo estimativas citadas no programa, gera um impacto médio de R$ 2,9 milhões aos cofres públicos, considerando todos os custos com saúde, socorro, reabilitação e estrutura hospitalar.

A mensagem final foi clara: sem mudança de comportamento por parte dos condutores, a tendência é de agravamento dos problemas no trânsito de Alta Floresta. Os órgãos públicos continuam atuando com fiscalização, mas, segundo os especialistas convidados, a chave para reduzir acidentes e salvar vidas está na responsabilidade individual de quem conduz.

Acompanhe o Podcast Papo Amazônia:

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