O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), derrotar o governo e correr para o abraço com João Doria esticou ainda mais a corda com o Palácio do Planalto.
Chegou ao núcleo político do governo que, no DoriaPalooza, em conversas mais reservadas, Motta defendeu a saída do ministro Fernando Haddad (Fazenda) do governo. É mais uma a entrar na fila. Os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) chegaram na frente.
A escalada deixa o governo com receio de a corda roer ao ponto de não ter mais diálogo. E não há bombeiros suficientes para apagar o fogo amigo.
Não desceu para Motta, nem com whisky, as ameaças de Haddad ao Congresso.
“Nós vamos continuar fazendo justiça social. Podem gritar, podem falar, mas chegou o momento de fazer justiça pelo Brasil”, disse Haddad. “Vamos fechar todas as brechas para os jabutis”, emendou. Jabutis são usados pelo parlamentares para enfiar temas de seus interesses em projetos com outros interesses.
João Doria desenhou em mensagem ao seu grupo de WhatsApp que o cardápio do jantar foi o governo.
“O empresariado aplaude sua postura de equilíbrio e firmeza. O País espera gestões públicas eficientes e comprometidas com o controle fiscal. Parabéns, Hugo Motta”, escreveu para não deixar dúvidas sobre a entrada, o prato principal e a sobremesa da noite.
