Sinop, 09/07/2025 12:46

Panicum resistente para cavalos: qual a melhor opção além do tifton?

Escolher o pasto certo para cavalos pode fazer toda a diferença, principalmente quando o clima aperta. Quer otimizar a pastagem para seus cavalos e encarar a seca com mais preparo? Assista ao vídeo e confira as orientações.

E foi justamente essa a dúvida do criador Juarez Teixeira, de Jataí (GO), que perguntou ao quadro Giro do Boi Responde qual capim do gênero Panicum seria mais indicado para cavalos que pastam na seca, excluindo o tradicional Tifton.

A resposta veio de Josmar Almeida, zootecnista, mestre em Produção Animal e sócio da consultoria Gerente de Pasto. Segundo ele, algumas cultivares do gênero Panicum podem entregar ótimos resultados no manejo de equinos.

As melhores variedades de Panicum para cavalos

Dossel foliar de capim-Tamani (Panicum maximum cv. BRS Tamani) em pequenas parcelas. Foto: Allan Kardec Braga Ramos/Embrapa Cerrados

Segundo Almeida, as cultivares mais indicadas de Panicum para tropa são:

Essas três opções oferecem boa palatabilidade, qualidade nutricional e são adaptadas ao pastejo de cavalos. Elas também têm bom desempenho em diferentes regiões do país, inclusive no Centro-Oeste.

No entanto, é importante entender que mesmo essas cultivares enfrentam limitações durante a seca.

Capim milagroso para a seca? Não existe!

Cultivar Brasilisk, capim brachiaria ou braquiarinha, espécie de gramínea forrageira. Foto: Juliana Sussai/Embrapa Pecuária Sudeste
Cultivar Brasilisk, capim brachiaria ou braquiarinha, espécie de gramínea forrageira. Foto: Juliana Sussai/Embrapa Pecuária Sudeste

Josmar foi direto: não há capim milagroso que sustente bem a pastagem em pleno período de estiagem. E os motivos são conhecidos dos pecuaristas:

  • Menos chuva no período seco;
  • Temperaturas mais baixas, que reduzem o crescimento das plantas;
  • Menos luz solar (fotoperíodo), limitando a fotossíntese.

Esses três fatores reduzem drasticamente a produção de forragem. Uma área que sustenta de 2 a 3 unidades animal por hectare na época das águas pode cair para 1 ou até menos durante a seca.

Como encarar a seca sem prejudicar a tropa?

A solução, segundo o especialista, não está apenas em escolher a cultivar correta, mas em planejar o sistema de produção. Para isso, o criador deve:

  1. Reconhecer a queda na oferta de pasto no período seco;
  2. Avaliar a necessidade de suplementação, com feno ou silagem;
  3. Reduzir a lotação animal temporariamente, vendendo parte da tropa, se necessário.

Esse tipo de planejamento evita perda de escore corporal, mantém a saúde dos cavalos e garante desempenho zootécnico adequado, mesmo nos meses mais secos.

Manejo inteligente garante resultado o ano todo

Ter boas cultivares de Panicum é importante, mas o sucesso do sistema está no conjunto do manejo. Isso inclui planejamento forrageiro, suplementação adequada e controle de lotação. E quando se trata de equinos, o cuidado deve ser ainda mais apurado.

Com as orientações corretas, como as que Josmar Almeida trouxe ao Giro do Boi Responde, é possível garantir desempenho, bem-estar e produtividade da tropa — mesmo nos meses mais difíceis do ano.

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