Uma reunião foi confirmada para a próxima terça-feira, 22 de julho, às 14h, no Palácio Paiaguás, com o objetivo de discutir a mudança de comando do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encontrar um denominador comum que atenda tanto aos servidores quanto ao governo de Mato Grosso. A decisão de promover o diálogo veio após o projeto de lei, que tramitava na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para suspender o Termo de Cooperação Técnica entre a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) e a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP-MT), ser retirado de pauta na sessão plenária de quarta-feira (16).
O deputado estadual e primeiro-secretário da ALMT, Dr. João (MDB), tem se destacado como uma das principais vozes na defesa dos trabalhadores e vê a reunião como uma oportunidade crucial. “Esse diálogo é essencial para encontrarmos o melhor caminho.
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Precisamos ouvir os servidores, que estão na linha de frente, e o governo, para garantir um serviço de qualidade sem comprometer a autonomia do Samu. Só assim chegaremos a uma solução que beneficie a população”, declarou Dr. João, um dos autores do projeto para evitar a mudança, reforçando sua postura de mediação.
A polêmica ganhou força após a assinatura do Termo de Cooperação, em 24 de junho, pelas secretarias de Saúde e Segurança Pública, que oficializou a transferência do controle do Samu para o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), sob gestão do Corpo de Bombeiros Militar.
O governo defende que a mudança resultará em um atendimento pré-hospitalar mais rápido, completo e eficiente. Contudo, na última quarta-feira (9), servidores do Samu protestaram na ALMT, denunciando falta de transparência no processo.
Segundo eles, não tiveram acesso ao documento que, na prática, passa a condução do serviço ao Ciosp, gerando receios sobre a militarização e a perda de autonomia dos profissionais civis.
Dr. João, que integra a Comissão de Saúde da ALMT, liderou a proposição de um decreto legislativo para suspender o termo, mas a retirada da pauta reflete a busca por consenso. Em uma audiência anterior, o deputado expressou sua indignação com um pedido de vistas que adiou a votação e reiterou suas preocupações.
“Retirar o projeto da pauta foi uma decisão acertada para abrir espaço ao diálogo. No passado, a militarização do Samu não trouxe os resultados esperados, e os servidores sabem disso. Essa reunião será o momento de alinharmos os interesses sem impor mudanças que possam prejudicar o serviço”, afirmou.
A expectativa é que a reunião reúna líderes sindicais; do governo, como o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia e membros da Comissão de Saúde e da ALMT para discutir os termos da parceria.
Dr. João prometeu acompanhar o processo de perto. “Vou lutar para que a voz dos servidores seja ouvida e para que qualquer decisão preserve a eficiência do Samu. A saúde pública de Mato Grosso depende disso”, concluiu, reafirmando seu compromisso com a causa.