O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu prisão domiciliar para Andreson de Oliveira Gonçalves, que foi preso preventivamente há oito meses por suspeita de participar de esquema de venda de sentenças
A decisão de quinta-feira (17/7) é baseada em laudo de uma junta médica que constatou estado debilitado de saúde. Andreson ficou em estado esquelético e, segundo avaliação médica, corre risco de morrer. A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou favorável à concessão da prisão domiciliar
Andreson foi preso preventivamente no dia 26 de novembro de 2024, no âmbito da Operação Sisamnes, que apura crimes de organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional. Ele é suspeito de atuar na venda de influências sobre ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), além de negociar decisões antecipadas.
Após a decisão de Zanin, Andreson seguiu para Primavera do Leste (a 240 km de Cuiabá).
CASO ZAMPIERI – A mulher de Andreson, a advogada Miriam Ribeiro Rodrigues, está em prisão domiciliar, com medidas restritivas, por decisão do ministro Zanin..
Por várias vezes, a defesa de Andreson Gonçalves tentou, sob alegação de problemas de saúde, já que ele é bariátrico (fez cirurgia de redução do estômago), mas não teve teve sucesso.
Com as conclusões dos inquéritos e das investigações, decisões como essa se tornam mais rotineiras, tanto que o próprio ministro Cristiano Zanin, que é relator da ação, a devolveu para o STJ, a partir do momento em que não restou comprovado o envolvimento de nenhum ministro da Corte.
Trata-se de investigação sobre suspeitas de venda de decisões judiciais no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, conhecida como Operação Sisamnes.
A decisão ocorreu após Zanin concluir que não havia mais necessidade de manter a investigação no STF, uma vez que não foram encontradas ligações diretas com casos que envolvem o STJ.
Com informações do site Metrópoles