Karine Arruda e Daffiny Delgado/RepórterMT
Sorriso/MT
Priscila Moreira Janis, conhecida como “Mana Isa” é apontada como uma das lideranças de uma facção que atua na região do médio norte de Mato Grosso teria ordenado cerca de 100 homicídios no município de Sorriso/MT (a 400 km de Cuiabá/MT). Os casos ainda estão sendo investigados, mas segundo o delegado Gustavo Belão, titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), seria essa a estimativa de mortes ordenadas pela “dama do crime”.
“Mana Isa foi a responsável pelo aumento dos índices de homicídios lá em Sorriso/MT. Ela é a mandante. […] As investigações ainda estão em andamento, mas estima-se que foram em torno de 100 homicídios causados devido a brigas com facções rivais”, afirmou à imprensa na manhã desta segunda-feira (4).
Além das mortes, “Mana Isa” também comandava o tráfico, roubos, furtos e “salves” que ocorriam na região. Motivos pelos quais ela também teria outros mandados de prisão em aberto pelos crimes de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, homicídio e organização criminosa.
“A prisão dela foi muito importante para o Mato Grosso. É uma prisão que enfraquece a facção criminosa aqui no Estado e acreditamos que isso irá refletir diretamente na redução nos índices de criminalidade, de crimes horrendos, especialmente de homicídios, e nessa guerra que há na região”, pontuou o delegado.
Priscila era conhecida por ser a liderança de uma facção dominante no Estado. Devido a sua personalidade extremamente violenta, mesmo para os padrões de uma organização criminosa, ela causou uma ruptura no grupo e provocou a criação de uma facção rival por aqueles que não concordavam com a quantidade de “salves” e “decretos” de mortes determinados por ela. Essa divisão teria provocado a morte de diversas pessoas do meio do crime em Sorriso/MT.
Prisão
“Mana Isa” e Ingride Fontinelles Morais, conhecida como “Mulher do Bruchudo”, foram presas nesse domingo (3), em um shopping de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. As duas são apontadas como chefes de uma facção criminosa que atua entre Sorriso/MT e Sinop/MT. Elas estavam foragidas há quase dois anos, escondidas no Complexo da Maré.
A prisão foi feita pela Polícia Civil, por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e da Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco), com apoio da 12ª Delegacia de Polícia de Copacabana (RJ).
Priscila foi presa por homicídio e organização criminosa e Ingride por organização criminosa e tráfico de drogas. Mesmo escondidas no Rio de Janeiro, a dupla seguia ordenando crimes em Mato Grosso.
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