O PT (Partido dos Trabalhadores) vai deixar a base aliada do governo de Mato Grosso do Sul no próximo dia 30 de agosto. O anúncio foi feito pela cúpula do partido em coletiva realizada na tarde desta sexta-feira (8).
Os petistas tomaram a decisão após o governador Eduardo Riedel (PSDB) criticar a decretação de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo o partido, a postura dos tucanos indica que o governo “caminha em direção à extrema-direita” e “não tem compromisso com a democracia”.
Os parlamentares da sigla vão deixar os cargos que ocupavam no governo e agora buscam novos aliados para as eleições do ano que vem.
Cabe citar que as divergências entre tucanos e petistas sempre existiram, mas as diferenças se acentuaram após o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), punir o ex-presidente por descumprir medidas cautelares.
Os protestos do último domingo (3), em que manifestantes pediam o impeachment de Moraes e a anistia dos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, também pesaram para a decisão da sigla em Mato Grosso do Sul.