Sinop, 17/08/2025 16:52

  • Home
  • Destaques
  • Defesa de Bolsonaro sobre Mauro Cid: “Mentiu reiteradas vezes”

Defesa de Bolsonaro sobre Mauro Cid: “Mentiu reiteradas vezes”

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nas alegações finais apresentadas na noite desta quarta-feira (13/8) ao Supremo Tribunal Federal (STF) no processo que investiga a suposta trama golpista para anular as eleições de 2022,, reforçou que o tenente-coronel Mauro Cid mentiu “reiteradas vezes” durante os seus depoimentos.

A defesa de Bolsonaro destacou que o tenente-coronel Mauro Cid teria usado uma conta no Instagram, desrespeitando as medidas cautelares impostas como alternativa à sua prisão preventiva. A defesa ainda criticou o que chamou de “nova abordagem jurídica” para a colaboração premiada, argumentando que as palavras da Procuradoria-Geral da República (PGR) foram “suaves”.

“Até esta ação penal um colaborador poderia ser premiado, em maior ou menor grau, de acordo com a sua contribuição para o julgamento dos fatos, mas, agora, surge uma nova abordagem jurídica para a colaboração: a aceitação em parte, mesmo que a premissa da veracidade não tenha sido verificada. As palavras da PGR revelam-se suaves: na verdade não houve apenas omissões e ambiguidades. O colaborador mentiu e o fez reiteradas vezes”

A defesa reforça diversas vezes que a delação de Cid não pode e não deve ser considerada, já que “afronta a lei e todos os princípios que norteiam uma colaboração premiada”.

“A acusação apenas não requereu a invalidade da colaboração, porque sabe perfeitamente que as palavras do colaborador, tenente-coronel Mauro Cid, pautaram a denúncia e ainda são o subsídio fundamental ao pedido de condenação do Peticionário pela PGR. Sem colaboração, não há como se cogitar de uma acusação
válida”.

Os réus do núcleo 1 da ação penal que apura suposta tentativa de golpe de Estado tinham até esta quarta-feira (13/8) para enviar suas alegações finais. Esta é a última fase antes de o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, poder pedir que o julgamento dos réus do núcleo 1 seja marcado. A previsão é que o julgamento ocorra em setembro.

1 de 4

Jair Bolsonaro chora durante celebração evangélica no Distrito Federal

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

2 de 4Luis Nova/Especial Metrópoles @LuisGustavoNova
3 de 4Luis Nova/Especial Metrópoles @LuisGustavoNova
4 de 4KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo

Na peça, a defesa alega que a denúncia central contra Bolsonaro, de que ele seria responsável por uma campanha contra as urnas, tendo feito uma live, uma reunião ministerial e reunião com os embaixadores com a finalidade de se manter no poder, não se sustenta.

Após a derrota nas eleições, ele teria sido responsável por uma minuta golpista com prisão de autoridades e intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas o golpe não teria sido executado devido à resistência dos comandantes do Exército e da Aeronáutica. A defesa, no entanto, alega que o texto que previa a prisão dos ministros do STF não existe nos autos.

“O texto que previa apenas a prisão do ministro Alexandre de Moraes também não existe, nunca foi encontrado. Inusitada também essa era das narrativas, que aqui substitui não só a era das imagens, para a exigência de prova no processo penal. A narrativa sobre o decreto ficou”, alega a defesa.

A defesa chama ainda a acusação contra Bolsonaro de “tão absurda quanto alternativa”. Ressalta ainda que “num processo democrático, deveria haver uma definição de qual é a acusação que o denunciado deve se defender. Mas aqui não há”. Além de alegar que Bolsonaro não tem responsabilidade pelos atos de 8 de janeiro.


Crimes imputados aos integrantes do núcleo 1:

  • Organização criminosa armada.
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
  • Golpe de Estado.
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima.
  • Deterioração de patrimônio tombado.

As alegações finais foram apresentadas após o procurador-geral da República, Paulo Gonet, defender a condenação de todos os acusados. Entre eles está o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que solicitou a manutenção dos termos da delação premiada firmada com a Polícia Federal (PF).

Julgamento

Após a apresentação das alegações finais de todos os réus do núcleo 1, o relator do caso pode pedir para que o julgamento seja marcado. O caso é julgado na Primeira Turma do STF, que é composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Saiba como foi a estreia oficial de Estêvão pelo Chelsea

Estêvão fez, neste domingo (17/8), a estreia oficial pelo Chelsea. Ele jogou por 37 minutos…

Ana Clara arquiteta plano para arrancar fortuna de Odete em Vale Tudo

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:…

Após polêmica, COP30 vai permitir pratos paraenses como açaí e tucupi

Após repercussão negativa, a organização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025…