A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) afirmou que não possui vínculo contratual com o laboratório Bioseg, alvo da Operação Contraprova deflagrada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (15). A investigação aponta que a rede fraudava exames ao descartar amostras sem qualquer análise e emitir laudos falsos, inclusive em casos de HIV, sífilis, hepatites, covid-19 e toxicológicos.
O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, informou que a pasta está verificando se empresas contratadas pela SES utilizaram os serviços do laboratório. “Já estamos trabalhando neste levantamento junto aos prestadores de serviço. Caso seja observado que o laboratório realizou exames para os nossos prestadores, exigiremos que todos eles sejam refeitos por outro laboratório”, declarou.
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Segundo a Polícia Civil, a rede Bioseg possuía unidades em Cuiabá, Sinop e Sorriso e prestava serviços a órgãos públicos, clínicas, nutricionistas, convênios médicos e pacientes particulares. As investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) apontam que nenhum exame era processado internamente ou enviado a outros laboratórios. As amostras eram descartadas e os resultados, forjados pelo sócio responsável técnico, que assinava como biomédico.
A operação cumpriu 11 ordens judiciais, incluindo a prisão preventiva do biomédico, busca e apreensão, interdição judicial das três unidades, suspensão de contratos com o poder público e proibição dos sócios de firmar novos contratos com entes públicos. O inquérito começou em abril, após denúncia recebida pela Vigilância Sanitária Municipal de Cuiabá.
