Sinop, 09/09/2025 11:29

MST bloqueia rodovia para cobrar desapropriação de duas fazendas

Um grupo de cerca de mil pessoas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) bloqueou, nesta segunda-feira (8), um trecho da rodovia TO-404, em Araguatins, cidade do norte do Tocantins, a cerca de 600 quilômetros da capital do estado.

Segundo o movimento, as pessoas no ato 2013 vivem no Acampamento Carlos Marighella desde 2013, montado às margens da rodovia, participaram do protesto.

O objetivo do ato era pressionar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a desapropriar duas propriedades rurais na região conhecida como Bico do Papagaio e destinar a área ao Programa Nacional de Reforma Agrária.

Portando bandeiras da organização, cabos e enxadas, os sem-terra atravessaram pneus, troncos e galhos de árvores ao longo da rodovia, interrompendo o trânsito de veículos entre as cidades de Araguatins e Augustinópolis, ambas no Tocantins, das 5 horas da manhã até por volta do meio-dia.

O bloqueio só foi encerrado após representantes da superintendência estadual do Incra garantirem que se reunirão com as famílias para discutir as reivindicações do grupo. O próprio instituto confirmou que o superintendente, Edmundo Rodrigues; o conciliador agrário regional, Geraldino Gustavo, e o chefe da Diretoria de Obtenção de Terras, Hilton Faria, se reunirão com o MST nesta terça-feira (9).

Desapropriação de fazendas

O movimento afirma que a diretoria do Incra descumpriu os acordos de vistoriar as duas propriedades rurais em disputa: as fazendas Água Amarela e Santa Hilário, ambas em Araguatins.

Ainda de acordo com o grupo, os dois imóveis estão em áreas públicas e, por isso, o título de propriedade da primeira (de 951,7 hectares) já foi cancelado e, contra a segunda, pesa uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que teria validado o processo de desapropriação.

“Apesar da clareza legal, as famílias [sem-terra] denunciam o adiamento contínuo das vistorias, além de um aumento preocupante da violência no local, com carros passando e disparando contra o o acampamento e barracos sendo incendiados”, sustenta o MST.

A superintendência do Incra em Tocantins informou, em nota, que vem trabalhando para dar conta das demandas do Programa Nacional de Reforma Agrária, “paralisado nas últimas gestões”.

“As demandas apresentadas pelas famílias [do Acampamento Carlos Marighella] já foram tratadas em reunião ocorrida na superintendência, no mês de agosto”, acrescentou o instituto, confirmando o compromisso de vistoriar o imóvel ainda este mês.

“A superintendência também vem mantendo o diálogo com as famílias do acampamento, com a direção do MST e com o comandante da PM da região, buscando uma saída pacífica para a desobstrução”, acrescentou a superintendência.

Os responsáveis pelas fazendas citadas ainda não se manisfestaram.

Com informações da Agência Brasil

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