Na noite de 13 de novembro de 2022, um brutal assassinato marcou para sempre a pequena cidade de Moscow, no estado de Idaho, nos Estados Unidos. Quatro estudantes da Universidade de Idaho foram encontrados sem vida na casa em que moravam. O crime foi contado recentemente no documentário criminal Uma Noite em Idaho: Os Assassinatos da Faculdade, do Prime Vídeo.
Dividido em quatro episódios, a produção conta detalhes da investigação e escuta pela primeira vez amigos e familiares das vítimas do crime e ex-colegas do principal suspeito do caso.
A partir daqui, o Metrópoles revela detalhes do crime que podem ser considerados gráficos.
As vítimas e o suspeito
Os assassinatos ocorreram na madrugada de 13 de novembro de 2022. Seis estudantes dormiam em uma residência fora do campus da faculdade: Madison Mogen, de 21 anos, Kaylee Gonçalves, 21, Xana Kernodle, 20, Ethan Chapin, 20, Bethany Funke, 19, e Dylan Mortensen, 19.
Na manhã seguinte, Madison, Kaylee, Xana e Ethan foram encontrados sem vida e a cena do crime é considerada uma das mais brutais já vista.
A polícia conduziu uma longa investigação até que, um mês e meio depois, revelaram o principal suspeito do caso. Bryan Kohberger, estudante de pós-graduação da Washington State University, que fica na cidade de Pullman, muito próxima à Moscow.


Casa onde ocorreu o crime contra os quatro jovens em Moscow, Idaho
David Ryder/Getty Images

Casa onde ocorreu o crime contra os quatro jovens em Moscow, Idaho
David Ryder/Getty Images

Dylan Mortensen, uma das sobreviventes, discursando na audiência de sentença de Bryan Kohberger
Kyle Green-Pool/Getty Images

Bryan Kohberger no tribunal para sua audiência de acusação
Zach Wilkinson-Pool/Getty Images

O crime
O crime ocorreu dentro da residência dos jovens, que tinha três andares. Segundo os investigadores, Bryan teria entrado por uma porta no segundo andar da casa e subido direto para o terceiro andar. Lá, ele teria assassinado Madison e Kaylee, que dormiam na mesma cama, à facadas. As duas eram amigas de infância.
Após deixar o quarto, ele teria entrado em contato com Xana. A jovem apresentou ferimentos condizentes com uma possível luta com o agressor, o que indica que ela estava acordada na hora do crime. Bryan teria então matado a jovem à facadas e, logo depois, entrado no quarto dela e matado o namorado de Xana, Ethan, que dormia na cama.
A polícia teria conseguido identificar ele por causa de DNA deixado em uma espécie de bainha de faca, que ficou ao lado de uma das vítimas.
O caso de Idaho ficou marcado pelo fato da polícia ter sido impedida de comentar detalhes da investigação, assim como elementos chave, como as duas jovens que sobreviveram, que não podiam falar publicamente sobre o caso. Por isso, alguns detalhes do crime ainda não são de conhecimento do público.
Julgamento e condenação
Kohberger foi preso em 30 de dezembro de 2022 e manteve a declaração de inocência durante todo o processo. Ele foi ligado ao crime após o carro dele, um Hyundai Elantra branco, ser capturado no dia do crime pelas câmeras de segurança próximo à casa do crime, registros do celular dele, que o colocavam na cena do crime, além da bainha de faca encontrada na casa.

Após um período aguardando o julgamento, Bryan Kohberger confessou o triplo assassinato no dia 2 de julho de 2025, após quase três anos do crime. Ele firmou um acordo com a Justiça que tirou a possibilidade dele ser condenado à pena de morte.
Na quarta-feira (23/7), ele teve sentença anunciada pelo juiz. O assassino cumprirá quatro penas consecutivas de prisão perpétua, sem a possibilidade de progressão de pena ou condicional.