O reality culinário Chef de Alto Nível, que estreou na Globo no dia 15 de julho, já se tornou assunto nas redes sociais, e não pelos pratos apresentados. O mentor Alex Atala está sendo criticado pela postura considerada agressiva com os participantes do programa.
Atala divide o posto de mentor com os chefs Jefferson Rueda e Renata Vanzetto. Mas foi o comportamento dele que mais chamou atenção até agora.
Em uma das cenas que repercutem na internet, o chef aparece dando uma bronca em um grupo de cinco concorrentes, com foco especial no participante Gilmar Francisco.
“Eu não estou brincando! Eu não sei perder. Tá entendido? Cozinha é temperatura. Você trabalhou para nada. Não vai mais acontecer isso, eu quero você seguro e trabalhando. Arranca esse cozinheiro aí de dentro”, disparou.
No mesmo episódio, os outros mentores chegam a pedir que Ana Maria Braga, que também apresenta o reality, avise Atala que ele está se excedendo.
O comportamento do chef gerou críticas pesadas on-line. Muitos internautas consideraram o tom de Atala desnecessário e até ofensivo.
“Um desserviço para a profissão esse tipo de comportamento. Assédio moral não é entretenimento”, escreveu uma telespectadora. “Atala ainda acha que cozinha é extensão da senzala”, opinou uma internauta. “Estranho a Globo celebrando os maus tratos. Precisa ser tão grosso esse Alex Atala? Se na TV é assim, imagina como faz com os funcionários dele”, publicou outro.
Cultura do assédio
Com um prêmio de R$ 500 mil, Chef de Alto Nível vai ao ar nas noites de terça e quinta-feira, sob comando de Ana Maria Braga. O formato tem acendido o debate sobre a cultura de assédio nas cozinhas profissionais.
“Humilhação na cozinha é lugar comum… E essas pessoas seguem sendo premiadas e a violência normalizada…. Isso não é um personagem”, comentou um usuário.
“Toda vez que vocês assistirem um ataque histérico de chef lembrem-se que essa é a versão mais linda dele diante das câmeras, porque fora dela na vida real é muito pior do que vocês possam imaginar!”, refletiu outro internauta.
Apesar das críticas, também houve quem saísse em defesa da postura firme do chef. O colega de profissão Ralfo Luiz de Valega Ifanger escreveu: “É assim que faz seu prato chegar no tempo correto no restaurante. Tudo acontece rápido e envolve muita energia, o ritmo é esse, não gosta, abre uma confeitaria!”.
