Artistas e políticos lamentam morte de Preta Gil e exaltam legado | Brasil

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou na rede social “X”, a morte da artista. “Estou profundamente triste em saber que Preta Gil nos deixou nesta noite de domingo. Talentosa e batalhadora em tudo o que fazia – seja como artista, seja como empresária – Preta seguiu espalhando a alegria de viver mesmo nos momentos mais difíceis de seu tratamento”, escreveu o presidente. “Preta era uma pessoa extremamente querida e admirada pelo público e pelas pessoas que tiveram a felicidade de conviver com ela. Os palcos e os carnavais que ela tanto animou sentirão sua falta”, disse.

Lula informou ainda ter ligado para o pai da artista, Gilberto Gil, quando soube do ocorrido. Gil foi ministro durante primeira gestão de Lula à frente da Presidência da República, em 2003. “Assim que soube da triste notícia, liguei para o companheiro Gilberto Gil e para Flora [esposa de Gil e madrasta de Preta Gil] para confortá-los nesse momento de dor”, escreveu.

O presidente também fez questão de ressaltar seus sentimentos e condolências à toda a família da artista falecida, nesse momento. “À toda a família de Preta, Sandra [Gadelha, mãe da artista], o filho Francisco e à neta Sol de Maria, quero deixar um abraço amigo e carinhoso. Que o amor que Preta compartilhou em sua vida siga acalentando os seus corações – e os corações de todas as pessoas que tanto a admiravam”, encerrou Lula, na postagem.

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, disse que Preta Gil foi “uma artista que iluminou nossas vidas com sua alegria contagiante e irreverência”. “Preta quebrou padrões e lutou contra o preconceito, sempre com coragem e autenticidade”, afirmou.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, disse que Preta “foi e sempre será potência”. “Uma mulher que enfrentou o racismo, o machismo, a gordofobia e a doença sem nunca perder sua ternura, nem sua voz. Lutou muito por sua vida e por tudo que sempre acreditou”, afirmou. “Hoje o Brasil perde mais do que uma artista. Perdemos um símbolo de força, liberdade e amor pela vida”, acrescentou.

Anielle disse ainda que nunca esquecerá “de todo apoio que você [Preta Gil] deu a minha família e a mim nos momentos mais difíceis que passamos”.

O grupo musical baiano Olodum lamentou “o precoce falecimento de Preta Gil, uma mulher apaixonada pela vida e por viver”. O bloco Ilê Aiyê disse que “a família ilê Aiyê lamenta o falecimento da querida Preta Gil” e que “fica um legado imenso de paixão pela vida”.

“A Preta sem dúvida nenhuma foi a pessoa mais resiliente que conheci, corajosa e que lutou bravamente, sem reclamar em nenhum momento, uma força da natureza. Nem ela sabia explicar a força que tinha”, afirmou a cantora Luiza Possi.

O apresentador Luciano Huck disse que Preta e ele foram amigos “com A maiúsculo” por mais de 25 anos e que a cantora esteve presente “nos momentos mais marcantes e felizes” de sua vida. “Entre tantos talentos que ela tinha, o de ser amiga dos amigos era dos mais raros e preciosos. Por isso era tão amada. Por isso era tão dela. E não por acaso, partiu justamente no Dia do Amigo”, afirmou. “Lutava com bravura, enfrentando a dor com coragem e sorrisos. A Preta foi a Preta até o fim. Forte, generosa, luminosa. Agora descansou. Ainda não consigo acreditar. Talvez nem queira”, disse.

Angelica Huck, também apresentadora e esposa de Luciano, afirmou não ter palavras “só um silêncio cheio de saudade e um coração transbordando gratidão”. “Você foi amiga no sentido mais profundo da palavra, daquelas que a gente leva pra sempre, mesmo quando a presença se transforma em lembrança. Sua força, sua luz, sua alegria de viver, mesmo nos dias difíceis, sempre foram uma inspiração pra mim. Você lutou com dignidade e coragem”, disse.

A atriz Leticia Sabatella agradeceu Preta “por nos guiar por seu processo de amadurecimento, de crescimento, de libertação”. “Você nos salvou com a sua generosidade e o amor que deu e nos inspirou”, acrescentou.

“Que tristeza perder uma mulher tão potente como essa”, disse o humorista Fabio Porchat.

O político Marcelo Freixo, atual presidente da Embratur, agência federal para promoção do turismo no país, disse que Preta Gil “usou de sua arte para lutar contra o racismo, a homofobia, o machismo e a gordofobia – sempre colocando seu talento e sua coragem a serviço de um país mais justo e mais diverso”.

A deputada federal Talíria Petrone (Psol -RJ) disse que hoje é “um dia triste para quem gosta de música” e que “lembraremos o seu legado”.

A deputada federal Célia Xakriabá (Psol-MG) afirmou que “Preta Gil ancestralizou”. “Ela, que lutou com alegria, leveza e muita dignidade, deixa uma passagem pela Terra coberta de amor, paz e felicidade”, disse.

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, disse que a coragem de Preta e sua voz “abriram caminhos para que muitas mulheres e meninas se amassem e tivessem orgulho de ser quem são”. “Sinônimo de alegria, força e autenticidade, Preta encarou cada dia da vida com sorriso largo, doando e recebendo muito amor”, afirmou.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, disse que conheceu Preta adolescente e que “de alguma forma lhe vi crescer e vi você se transformar numa das artistas de personalidade mais amada, inspiradora, mais autêntica do nosso país”. “Seu jeito livre de falar e enfrentar a vida, as alegrias e também as dores, sem pudores, sem papas na língua”, afirmou. “Preta Gil, Presente!”, encerrou a nota.

Macaé Evaristo, ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, disse que a luta de Preta pela cura do câncer foi “destemida” e que “todos estávamos na torcida por sua recuperação”. “Ela não esmoreceu. A forma como encarou a doença foi uma lição de amor pela vida. Demonstrou tanta força ao longo do tratamento, da mesma forma que exprimiu coragem ao longo de sua vida”, afirmou. Evaristo disse que Preta foi “uma artista altiva diante todo preconceito que sofreu” e “uma voz e um corpo contra o racismo, a homofobia e o machismo”.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que Preta “foi uma voz potente em defesa da liberdade e do amor”. “Com coragem e autenticidade, enfrentou preconceitos, quebrou padrões e abriu caminhos para que tantas outras pessoas pudessem se expressar sem medo. Sua representatividade vai fazer falta, mas seu legado seguirá vivo”, disse.

A cantora Daniela Mercury disse que “a vida sem Preta será diferente”. “Sentiremos muita saudade da sua personalidade gigante, que ocupava espaço e era sempre memorável e bela. Preta, para nós, sempre foi um acontecimento, uma energia de vida, de amor, de bondade, de garra”, afirmou. Daniela Mercury acrescentou que Preta foi “inspiradora” e “corajosa em todas as suas posturas”, incluindo “sobre sua sexualidade, suas fragilidades, sua vida pessoal e sua saúde fragilizada”.

A atriz Taís Araújo afirmou ser “seguidora firme e fiel das aulas que tive com Preta”. “A despedida precoce dói muito por aqui mas ao mesmo tempo que honra aprender tanto com ela”, disse. “O que fica dessa vida é o que a gente faz dela. Preta fez amor, brilho, luz, liberdade, amizade, festa, beijos, tantos desejos realizados!”, afirmou.

O ator Lázaro Ramos, marido de Taís Araújo, também observou que Preta morreu no Dia do Amigo, “logo você amiga de tantos”, afirmou. “Tão amada, tão corajosa. Custa acreditar que essa lutadora não estará aqui conosco. Você é um símbolo de vida, Pretinha. Muito triste te ver partir. Que o Orun te receba e te acolha como você merece”, acrescentou.