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Brasil deve terminar atual gestão perto com déficit nominal de 8,5% do PIB, projeta Mansueto | Brasil

Para Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual, foi “bom” ver Congresso e Executivo discutindo e debatendo medidas e questões fiscais na reunião mantida no domingo, 8 de junho. Ele destaca que apesar da recuperação de receitas mais recente, as contas do governo federal ainda estão no vermelho, mas o debate fiscal no país melhorou.

O debate entre Executivo e Congresso, diz Mansueto, precisa começar hoje para gerar mudanças à frente. A reforma da Previdência, lembra, começou dessa forma, com apresentação ao fim de 2016 e aprovação em 2019, após três anos de debate com participação ativa do Congresso.

Mansueto ressalta que mesmo com recuperação de receitas, as contas federais ainda estão no vermelho. O déficit primário projetado pelo BTG para este ano, diz, é de R$ 75 bilhões, o que permite o cumprimento da meta, considerando que há banda de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB e há gastos fora da regra.

Mas a conta de juros, diz, é muito alta e não é possível enxergar em qual momento o endividamento se estabiliza e começa a cair. O déficit nominal foi equivalente a 8,8 % do PIB no ano a passado, depois de 8,4% do PIB em 2023. Para este ano se espera um déficit nominal da mesma magnitude de 2023, apesar da redução do déficit primário. Para o próximo ano, diz é possível que o déficit nominal fique perto de 8,2% ou 8,4% do PIB.

Ao fim da atual gestão, diz Mansueto, o déficit nominal deve estar na casa de 8,5% do PIB, o que coloca o Brasil entre os cinco países do mundo com maior déficit nominal. Isso, afirma, determina o crescimento da dívida em relação ao PIB.

Mansueto lembra que fazer reforma estrutural é difícil em qualquer lugar do mundo. No Brasil, destaca, mais da metade das despesas primárias, que devem atingir R$ 2,4 trilhões este ano, são determinadas por INSS, previdência do setor público e programas assistenciais como BPC e LOAS. Esses gastos, lembra, estão indexados ao salário mínimo que puxam muito a despesa por terem crescimento em termos reais.

Para ele, os marcos regulatórios estão sustentando os investimentos em infraestrutura e isso é uma boa notícia. O movimento, porém, vem com a expectativa de que haja uma mudança mais estrutural e os juros voltem a um dígito em 2027.

Se não houver o ajuste que o mercado espera e entrarmos em 2027 com juro muito alto, diz, teremos uma série de problemas no Brasil. “A situação não está boa, mas precisamos aproveitar o momento da economia e do emprego para convencer a sociedade a sair da zona de conforto ou teremos um problema muito mais sério à frente” O Brasil, diz, não pode ficar dez anos pagando 7% a 8% de juro real por ano, porque nenhum país consegue isso. “Não estamos na situação ideal, mas há chamado do Congresso para debater temas difíceis.”

Mansueto Almeida — Foto: Carol Carquejeiro/Valor

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