A Cúpula do Brics acontece entre domingo (6) e segunda (7), mas aos poucos está se esvaziando. Metade dos países fundadores do grupo não estarão representados pelas autoridades máximas. A China anunciou, na última quarta-feira (2), que Xi Jinping não estará presente no evento e a Rússia também confirmar a ausência de Vladimir Putin.
Putin teve sua ausência confirmada na semana passada por Yuri Ushakov, assessor de política externa do governo da Rússia. Em seu lugar, a Rússia enviará Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo.
Sua participação sempre foi questionável, já que o chefe de Estado russo tem uma ordem de prisão contra si expedida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por conta da guerra à Ucrânia. O Brasil, como signatário do TPI, se via em uma situação complicada em que poderia ser forçado a prender Putin caso ele desembarcasse para o evento.
Já Xi Jinping seria uma presença importante, mas sua ausência foi confirmada pelo ministério do Exterior da China, que não informou o motivo. O país será representado pelo primeiro-ministro, Li Qiang.
Presenças confirmadas no Brics
Ainda não há uma lista de autoridades confirmadas para o evento, mas algumas lideranças já manifestaram sua intenção de vir ao Brasil para o evento.
A Índia, outro dos países fundadores do bloco, sinalizou que enviará seus representantes máximos para a Cúpula. O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, confirmou sua participação na reunião.
Prabowo Subianto, presidente da Indonésia, é um dos que confirmou participação, mesmo diante da crise diplomática gerada pela morte da brasileira Juliana Marins.
Além de China e Rússia, outros países também já confirmaram que não participarão da Cúpula do Brics no Rio de Janeiro.
O presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi confirmou sua ausência ainda na semana passada. A justificativa oficial foi a escalada nas tensões entre Irã e Israel que colocou o Oriente Médio em alerta.
O próprio Irã tem sua participação questionada. O presidente iraniano Masoud Pezeshkian ainda não foi confirmado na Cúpula por causa do conflito com Israel que se desenrolou nas últimas semanas.
México e Turquia, que não são países-membros nem figuram na lista de parceiros oficiais do bloco, foram convidados, mas também anunciaram o envio de representantes em vez dos presidentes Recep Tayyip Erdogan e Claudia Sheinbaum, respectivamente.
O Brics é um bloco fundado em 2006 por Brasil, Rússia, Índia e China, representando quatro das maiores economias emergentes do mundo. Em 2010, o grupo ganhou também a participação da África do Sul.
Em 2024, também passaram a fazer parte do Brics o Egito, o Irã, os Emirados Árabes Unidos e a Etiópia. Já no início deste ano, a Indonésia se tornou o mais novo país membro do bloco.
Já a Arábia Saudita tem um status nebuloso de participação no Brics. O país já foi convidado oficialmente para ser membro, mas o convite não foi formalmente aceito. Apesar da incerteza, o país é tratado como membro pleno.
Além dos 11 membros plenos, o bloco conta com nove parceiros oficiais:
- Belarus
- Bolívia
- Cuba
- Cazaquistão
- Malásia
- Tailândia
- Uganda
- Uzbequistão