Os concessionários de veículos comemoraram, nesta segunda-feira (4), o aumento de vendas de veículos leves, que foi resultado, segundo concluíram, do programa Carro Sustentável, que desde 10 de julho isentou de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) modelos mais simples e nacionais.
Com o programa de incentivo fiscal, a venda de carros e comerciais leves aumentou 13,75% em julho em comparação com junho, num total de 229,9 mil unidades. Já na comparação com junho de 2024, a alta foi bem menos expressiva, de 1,18%, segundo dados de emplacamentos dos órgãos de trânsito divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos (Fenabrave), que representa os revendedores.
Para o presidente da Fenabrave, Arcelio Junior, a “redução da carga tributária para automóveis mais eficientes e acessíveis antecipou decisões de compras dos consumidores”. Segundo ele, o benefício deve trazer impacto positivo no volume de emplacamentos até o fim do ano. Além disso, para o dirigente, o ambiente de crédito “mais estável” também ajudou no resultado.
A Fenabrave espera uma expansão do mercado de veículos novos de 5% em 2025. A entidade anunciou que poderá rever as projeções nas próximas semanas.
Incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, a venda de veículos em julho aumentou 0,80% em comparação com mesmo mês de 2024, num total de 243,2 mil unidades. Já no acumulado do ano, o total alcançou 1,44 milhão de unidades, uma alta de 4,12%.
Carros híbridos e elétricos estão fora do programa Carro Sustentável, que estará em vigor até o fim de 2026. Mesmo assim, a demanda por esses veículos continua alta. De janeiro a julho, foram vendidas 139,1 mil unidades dos chamados veículos eletrificados. Isso representou um aumento de 47,2% na comparação com os sete primeiros meses de 2024.
Nas vendas acumuladas do ano, a Fiat manteve-se na liderança, com 21,45% do mercado de carros e comerciais leves, seguida por Volkswagen, com 16,68%, General Motors (10,60%), Toyota (7,81%), Hyundai (7,56%), Renault (5,19%), Jeep (4,81%), Honda (4,27%), BYD (4,22%) e Nissan (3,15%).