O mercado brasileiro de soja registrou preços fracos, de estáveis a mais baixos, mais uma vez nesta quinta-feira (12).
Em dia de atenções para o relatório de oferta e demanda de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o mercado teve negócios arrastados, com a soja caindo em Chicago, o dólar neutro e os prêmios estáveis.
Segundo o consultor de Safras & Mercado Rafael Silveira, a indústria recuou um pouco nas ofertas e houve fraca demanda.
Preços médios da soja
- Passo Fundo (RS): recuou de R$ 130 para R$ 129
- Santa Rosa (RS): caiu de R$ 131 para R$ 130
- Porto de Rio Grande: diminuiu de R$ 135 para R$ 133,50
- Cascavel (PR): baixou de R$ 129 para R$ 128
- Porto de Paranaguá (PR): foi de R$ 134,50 para R$ 133
- Rondonópolis (MT): reduziu de R$ 117 para R$ 116
- Dourados (MS): decresceu de R$ 119 para R$ 118
- Rio Verde (GO): caiu de R$ 118 para R$ 117
Bolsa de Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira em leve baixa, revertendo os ganhos iniciais.
De acordo com Silveira, mesmo sem grandes novidades, o mercado sentiu certa pressão vinda do relatório de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Os estoques globais acima do esperado adicionaram pressão fundamental aos preços. O relatório indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,340 bilhões de bushels em 2025/26, o equivalente a 118,11 milhões de toneladas.
A produtividade foi indicada em 52,5 bushels por acre. Não houve alterações na comparação com o relatório passado. O mercado esperava uma produção de 4,388 bilhões ou 119,4 milhões.
Os estoques finais estão projetados em 295 milhões de bushels ou 8,03 milhões de toneladas, também sem mudanças. O mercado apostava em carryover de 302 milhões de bushels ou 8,22 milhões de toneladas. O USDA está trabalhando com esmagamento de 2,490 bilhões de bushels e exportações de 1,815 bilhão, repetindo as projeções de maio.
Safra mundial de soja
O USDA projetou safra mundial de soja em 2025/26 de 426,82 milhões de toneladas. Para 2024/25, a previsão é de 420,78 milhões de toneladas. Os estoques finais para 2025/26 estão estimados em 125,3 milhões de toneladas, acima da previsão do mercado de 124,6 milhões de toneladas.
Os estoques da temporada 2024/25 estão estimados em 124,2 milhões de toneladas, contra expectativa de 123,1 milhões de toneladas.
O USDA indicou safra brasileira em 2025/26 em 175 milhões de toneladas. Para 2024/25, a estimativa foi mantida em 169 milhões de toneladas – o mercado esperava 169,2 milhões. A produção da Argentina em 2025/26 está prevista em 48,5 milhões de toneladas.
Para 2024/25, o número foi mantido em 49 milhões, enquanto o mercado esperava 49 milhões de toneladas.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 8,25 centavos de dólar ou 0,78% a US$ 10,42 1/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,27 1/4 por bushel, perda de 2,00 centavos ou 0,19%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com alta de US$ 0,30, ou 0,10%, a US$ 294,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 47,61 centavos de dólar, com perda de 0,41 centavo ou 0,85%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,07%, sendo negociado a R$ 5,5425 para venda e a R$ 5,5405 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5243 e a máxima de R$ 5,5588.