Os bolivianos que moram em Corumbá acordaram cedo para exercer o direito de votar neste domingo (17). A manhã começou com filas em frente ao Consulado da Bolívia, na Cidade Branca.
Antes das 8h10, horário que marcou o início da votação, dezenas de moradores já se reuniam no local. Na entrada, cartazes com as regras da eleição orientavam os eleitores. Para votar, é obrigatório apresentar a carteira de identidade boliviana ou o passaporte.
Ao contrário do Brasil, o processo de votação boliviano é impresso: cada eleitor escolhe o candidato e deposita o voto em uma urna de papelão. O processo é acompanhado de perto por auditores eleitorais.
Embora não exista um censo exato, o Consulado da Bolívia estima que cerca de 12 mil bolivianos vivam no município. Corumbá é a única cidade de Mato Grosso do Sul onde haverá votação.
Os bolivianos devem votar para presidente, vice-presidente, senadores e deputados. Por conta das eleições, a fronteira entre Corumbá e a Bolívia está fechada para veículos, mas os eleitores ainda podem atravessar a fiscalização a pé. A medida segue até as 21h, após o encerramento da votação.

A medida foi adotada por autoridades bolivianas como parte do esquema de segurança para o dia da eleição. A votação ocorre em meio a uma das piores crises da esquerda no país. Os dois favoritos na disputa pela presidência são de direita:
- O ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga, da Aliança Livre.
- O empresário Samuel Doria Medina, da Aliança Unidade, ex-ministro do Planejamento.
A tensão se acirrou após a esquerda boliviana se dividir entre os apoiadores do ex-presidente Evo Morales e do atual presidente Luis Arce. A principal chance da esquerda continuar no poder é com a candidatura do presidente do Senado e ex-sindicalista Andrónico Rodríguez. As pesquisas também apontam possibilidade de um segundo turno.
