Nas primeiras páginas de “Análise”, a psicanalista Vera Iaconelli nos conduz por sons de martelos, mudanças e paredes por reformar. A casa em obras não é apenas um cenário: torna-se metáfora do sujeito no divã, com sua estrutura, rachaduras e possíveis ajustes. “Pedaços de cerâmicas, azulejos, pedras e vidros vão cobrindo algumas partes mais sensíveis, enquanto a tinta cobre outras, num jogo de mostra e esconde”, escreve.