Familiares da adolescente Emelly Beatriz Azevedo Sena, que estava grávida de nove meses e foi assassinada a sangue frio em Cuiabá, realizaram um ato pedindo justiça pela jovem, na tarde deste sábado (22), a partir das 16h, no Parque das Águas, na Capital. Ela foi atraída por uma mulher identificada como Nataly Hellen Martins Pereira, que a matou para roubar seu bebê. Ela confessou o crime e segue presa.
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O ato contou com a presença do prefeito Abilio Brunini e primeira-dama e vereadora, Samantha Iris, ambos do PL. Além dos familiares e representantes da Prefeitura, amigos e populares que se solidarizam com a situação, marcaram presença. Eles usaram camisas estampadas com o rosto da adolescente.
Os familiares e amigos fizeram um minuto de silêncio, seguido de uma oração. Eles também soltaram balões brancos. “É possível justiça dos homens para a Emilly? Se não for… A justiça divina-Jesus-já está vindo! Ora vem, Senhor Jesus! Preparemo-nos”, defendeu a família em faixa estendida.
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O caso
Emelly Azevedo Sena desapareceu no dia 11 de março, por volta das 12h, após sair de casa, no bairro Eldorado, em Várzea Grande e avisar a família que estava indo para Cuiabá buscar doações de roupas de bebê. O celular parou de funcionar e a família saiu em procura dela, realizando um boletim de ocorrência às 22h.
Na quarta-feira à noite, Nataly e o marido dão entrada no hospital com uma bebê, alegando que o parto teria sido realizado na residência. A equipe médica desconfiou do caso, pois a mulher não tinha indícios de puerpério. Exames apontaram que a mulher não esteve grávida recentemente e que a criança seria de outra mãe.
Na quinta-feira (13) pela manhã, o corpo de Emilly foi encontrado em uma cova rasa, com pernas e braços amarrados, asfixiada com um fio no pescoço e um corte de faca na barriga, sem o bebê.
Na investigação, a Polícia Civil descobriu que a bebê que estava com Nataly era a filha da adolescente. Quatro suspeitos foram conduzidos, entre eles o marido de Nataly, mas os três foram liberados, tendo permanecido presa apenas a mulher. A investigação aponta que Emelly ainda estava viva quando teve o bebê arrancado do ventre. Os cortes foram precisos e certeiro no útero, não tendo atingido outros órgãos.