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Ferrovia do Brasil até porto de Chancay via Malha Oeste é muito mais barata

A reativação da Ferrovia Malha Oeste foi tema de audiência pública na Câmara Municipal de Campo Grande, na manhã desta sexta-feira (15). Um dos pontos destacados foi a possibilidade de realizar a ligação do Brasil com o Porto de Chancay, no Peru, através da Bolívia, de forma rápida e barata, segundo o ministro da carreira diplomática do Ministério das Relações Exteriores João Carlos Parkinson de Castro, que é coordenador nacional dos Corredores Rodoviário e Ferroviário Bioceânicos.

Bancada na audiência pública para debater a reativação da Ferrovia Malha Oeste (Foto: Augusto Castro)

“Tem várias alternativas para chegar até o Porto de Chancay, no Peru. Uma que se está analisando é a extensão da FIOL [Ferrovia de Integração Oeste-Leste] com a FICO [Ferrovia de Integração do Centro-Oeste], eventualmente ingresso em território peruano. Não há, neste momento, um consenso no governo peruano sobre qual seria o melhor traçado para chegar ao Porto de Chancay, em uma extensão da FIOL com a FICO.”

João Carlos Parkinson de Castro

Conforme o ministro, o projeto é complexo e levaria cerca de oito anos de construção, a um custo aproximado de 33 bilhões de dólares, informações que foram levantadas nos estudos da Transcontinental. No entanto, há outra possibilidade para a ligação com Chancay, mais barata e em menor tempo, através da Bolívia.

“Outra alternativa que me parece muito mais viável é a integração com a Bolívia, em um trecho que está faltando na conexão entre Oruro e Cochabamba, que poderia ser construído com 2 a 3 bilhões de dólares, e você chega por Desaguadero ao porto de Ilo, no Pacífico, e aí por cabotagem, podemos chegar ao Porto de Chancay, em menos tempo e muito mais barato.”

João Carlos Parkinson de Castro

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Mapa da Malha Oeste em estudos realizados para melhorias. (Foto: Divulgação/Eng. Afonso Carneiro Filho )
Mapa da Malha Oeste em estudos de viabilidade do novo trecho. (Foto: Divulgação/Eng. Afonso Carneiro Filho)

Com a inauguração do Porto de Chancay em 2024, a possibilidade da ligação Atlântico-Pacífico é vista como um grande diferencial logístico para o país, com a possibilidade reduzir em 10 dias o tempo de transporte para a Ásia, e economizar até 20% nos custos logísticos, segundo dados apresentados na audiência por Afonso Carneiro, engenheiro ferroviário e especialista em transporte ferroviário.

Segundo o estudo, a rota pode utilizar a infraestrutura existente da EF-265 (Santos-Corumbá) e a mesma bitola de trens de países latinos, utilizando o mesmo encaixe das rodas dos trens em toda a extensão.

À esquerda, o mapa mostra as linhas existentes no Peru e na Argentina. À direita, linhas em operação na Bolívia. (Foto: Reprodução/Ferroviaria Andina/Ferroviaria Oriental)
Mapas mostram linhas férreas em operação na Bolívia (Foto: Reprodução/Ferroviaria Andina e Reprodução/Ferroviaria Oriental)

Além disso, a reativação da Malha Oeste recupera cerca de 1.830 km de linhas existentes, contra a construção de mais de 4.200 km de novas linhas, de novos trechos. Outro benefício apontado é a ausência de travessia da Floresta Amazônica, evitando problemas ambientais e reservas indígenas.

Com extensão total de 1.973 quilômetros, a Malha Oeste conecta Mairinque (SP) a Corumbá (MS). A reativação e modernização são vistas como uma oportunidade de otimizar o escoamento da produção de Mato Grosso do Sul, reduzindo custos logísticos e impulsionando o comércio internacional com foco na exportação a mercados asiáticos, como a China, através da ligação do país com os portos do Pacífico.

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