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Governador de MT e de outros 8 estados cobram que Lula negocie com EUA

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), e outros chefes de Executivos estaduais defenderam, nesta quinta-feira (7), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assuma o protagonismo nas negociações com os Estados Unidos para evitar o agravamento da crise diplomática. O grupo se reuniu em Brasília, em um encontro entre governadores de direita e centro-direita.

Segundo Mendes, a tensão entre os dois países pode trazer “consequências gravíssimas” para a economia brasileira, incluindo a fuga de investimentos estrangeiros e aumento do desemprego. “Mato Grosso representa 50% do saldo da balança comercial do país. Não podemos assistir a uma crise desse tamanho sem uma ação firme de quem foi eleito para representar o Brasil”, afirmou.

Governador de MT se reúne com líderes de outros estados em Brasília. (Foto: Lucas Rodrigues)

Além de Mendes, participaram do encontro os governadores de direita e centro-direita: Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Ronaldo Caiado (Goiás), Wilson Lima (Amazonas), Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Jorginho Mello (Santa Catarina), Ratinho Júnior (Paraná) e o anfitrião Ibaneis Rocha (Distrito Federal).

Pressão sobre Lula e papel do Congresso

Os governadores presentes defenderam que, se Lula não conduzir pessoalmente o diálogo com Washington, o Congresso Nacional deve assumir a frente das negociações. Mendes citou que líderes partidários e os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), poderiam “bater no peito” e buscar interlocução direta com autoridades americanas.

Para o governador de Mato Grosso, a omissão do governo federal coloca em risco a confiança do capital privado. “Uma crise maior pode afugentar totalmente o capital internacional e nacional. O Brasil não tem recursos públicos suficientes para compensar essa perda, o que pode gerar impactos profundos no emprego e na renda”, disse.

Comparações internacionais

Durante a fala, Mendes fez comparações com países que, segundo ele, enfrentaram os EUA de forma equivocada e sofreram consequências econômicas severas. Citou casos como Venezuela, Irã e Coreia do Norte, e destacou a postura do presidente chinês Xi Jinping, que teria buscado diálogo constante com Washington mesmo em momentos de tensão. “Não dá para agir do jeito que está agindo, cometendo erros clássicos na diplomacia internacional”, afirmou.

Reunião seletiva

O encontro desta quinta foi restrito a governadores que, nas palavras de Mendes, têm “sinergia na forma de pensar”. Ele disse que a intenção era discutir o cenário com mais profundidade e evitar reuniões “infladas” que pudessem dificultar o consenso.

O governador de Mato Grosso afirmou ainda que o grupo não participou de reunião recente organizada pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), por considerar que o momento exigia outro tipo de articulação.

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