Mato Grosso, o estado com a maior taxa de feminicídio no país, ainda está loge de um passo importante na luta contra a violência de gênero com a implementação de grupos reflexivos para homens que praticaram atos de violência contra a mulher. A iniciativa, que encontra amparo na Lei Federal nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), atuar não apenas na punição, mas na reeducação e na conscientização dos agressores para quebrar o ciclo de violência.
Apesar de a informação de que o estado não possuía tais grupos ter sido divulgada, uma análise mais detalhada revela que diversas ações já estão em andamento. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cemulher-MT), tem incentivado e coordenado a criação desses grupos em diferentes comarcas. Em Rondonópolis, por exemplo, o programa já atua na conscientização de agressores. A cidade de Feliz Natal já concluiu a primeira turma, enquanto Barra do Garças e Poxoréu estão em fase de planejamento.
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O próprio programa Apoio, da Polícia Militar, já realizou uma experiência piloto em Cuiabá. A implementação desses grupos, que visa a uma mudança cultural profunda, é vista por especialistas como uma ferramenta essencial para combater a violência e, assim, reverter o cenário de alta letalidade que assola as mulheres mato-grossenses.
No próximo dia 7, a Câmara Municipal de Cuiabá, irá apresentar o tema na Tribuna Livre, dia em que se comemora a promulgação da Lei Maria da Penha, com a presença da Delegada, Especialista no Enfrentamento a Violência Contra a Mulher, Jannira Laranjeira, que também estará presente no dia 14, na CDL Cuiabá, com demais autoridades, para um Seminário, realizado dentro da programação do Agosto Lilás, encerrando suas atividades no dia 27 com uma Audiência Pública que irá debater políticas públicas de enfrentamento a violência contra a mulher, proposta pela vereadora Paula Calil (PL).
