- Índice traz ranking das regiões com maior taxa de inadimplência de aluguel
- Taxa chega a 3,80% em setembro – a maior dos últimos 16 meses, após estacionar em 3,76% em julho e agosto
- Inadimplência em imóveis residenciais com aluguel acima de R$ 13.000 teve primeira queda, com 5,70% em setembro, após sequência de alta desde maio
- Os imóveis comerciais na faixa de aluguel de até R$ 1.000 registram nova alta preocupante, saindo de 8,41%, em agosto, para 9,89%, em setembro
A taxa de inadimplência de aluguel no Brasil voltou a crescer em setembro, alcançando 3,80%, o maior índice dos últimos 16 meses, segundo o Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, principal plataforma tecnológica e financeira voltada ao mercado imobiliário.
Nos meses de julho e agosto, a taxa havia se mantido em 3,76%, um movimento considerado raro. Em comparação com o mesmo período de 2024, quando a inadimplência estava em 3,14%, houve uma alta de 0,66 ponto percentual.
De acordo com Manoel Gonçalves, diretor de Negócios para Imobiliárias do Grupo Superlógica, a nova alta é um sinal de alerta:
“A alta preocupa em setembro, apesar de modesta, e mostra que muitas famílias seguem com o orçamento comprometido. É fundamental acompanhar de perto as projeções de inflação e de juros, já que esses indicadores têm impacto direto no endividamento e na capacidade de pagamento dos inquilinos neste fim de ano”, afirmou.
Inadimplência por faixa de aluguel
Entre os imóveis residenciais, os de alta renda (aluguel acima de R$ 13 mil) registraram queda após sucessivas altas desde maio, passando de 7,02% em agosto para 5,70% em setembro.
Nos imóveis de até R$ 1.000, a inadimplência também recuou, de 6,32% para 5,96%, embora ainda represente a segunda maior taxa entre as faixas analisadas.
Os imóveis com aluguel entre R$ 2.000 e R$ 3.000 tiveram taxa de 2,58%, e os de R$ 3.000 a R$ 5.000, 2,04%.
Imóveis comerciais mantêm cenário de preocupação
Entre os imóveis comerciais, a faixa de aluguel de até R$ 1.000 apresentou a maior taxa e segue em crescimento: de 8,41% em agosto para 9,89% em setembro — um aumento de 1,48 ponto percentual.
Já os imóveis comerciais entre R$ 2.000 e R$ 3.000 tiveram a menor taxa, com 4,52%.
No geral, a inadimplência de apartamentos caiu de 2,58% para 2,45%, enquanto a de casas teve redução mais acentuada, de 4,27% para 3,84%.
Por outro lado, os imóveis comerciais apresentaram aumento, de 5,20% para 5,55%.
Desempenho por região
No recorte regional, o Nordeste liderou o ranking de inadimplência em setembro, com 5,97%, registrando aumento de 1,03 ponto percentual em relação a agosto (4,94%).
O Norte aparece em segundo lugar, com 4,86% — alta de 0,22 ponto percentual.
Em seguida, o Centro-Oeste apresentou queda de 0,41 ponto percentual, chegando a 3,49%, enquanto o Sudeste teve leve redução para 3,42%.
A região Sul manteve o menor índice do país, com 3,28%, praticamente estável em relação ao mês anterior.
✍️ Da redação do Sorriso News MT
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