Sinop, 08/07/2025 14:16

Itaú BBA eleva projeção do Ibovespa para 155 mil pontos ao fim de 2025 | Finanças

O Itaú BBA elevou sua projeção para o Ibovespa ao fim de 2025, de 145 mil para 155 mil pontos, diante da continuidade de um cenário considerado favorável para as ações brasileiras. Segundo o banco, esse ambiente positivo deve se manter à medida que o mercado começa a precificar um ciclo de afrouxamento monetário e acompanha possíveis mudanças no quadro macroeconômico.

A revisão também leva em conta a queda no custo de capital e as revisões negativas nos lucros por ação (EPS) desde a última atualização, em janeiro. Na alocação de portfólio, o BBA reforça a preferência por ações de alta qualidade e com bom carrego, com foco em proxies de renda fixa e cíclicas domésticas. A carteira ainda inclui teses seculares e algumas exportadoras selecionadas, mas mantém exposição abaixo da média ao setor de commodities.

Na avaliação do BBA, o bom desempenho no primeiro semestre do ano foi impulsionado principalmente por fatores globais, com a queda de 10,3% do índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos. O enfraquecimento da divisa americana resultou na valorização dos ativos da América Latina, cujos resultados ficaram em linha com o Brasil no acumulado do ano.

“Os mercados funcionam como máquinas de antecipação, e acreditamos que estamos entrando agora na fase em que começam a precificar o ciclo de cortes de juros, com o primeiro corte esperado para o 1º trimestre de 2026”, escreve a equipe de estratégia do BBA liderada por Daniel Gewehr.

O banco afirma que esse movimento deve ocorrer ao longo dos próximos 12 meses, em um cenário de crescimento global mais fraco, juros globais potencialmente mais baixos, um dólar mais enfraquecido (DXY), e incertezas no ambiente macro doméstico.

Com o fim do ciclo de alta da Selic, os analistas dizem que compararam o desempenho do mercado e das taxas de juros em momentos semelhantes no passado. Em seus estudos, o BBA aponta que o início dos cortes da Selic tem um “poder preditivo maior” do que o fim de um ciclo de alta.

“Em média, o mercado registrou retorno positivo de 17,5% nas 24 semanas seguintes ao início dos cortes, enquanto o retorno médio nas 24 semanas após o fim de um ciclo de alta foi de 8%, excluindo os períodos da crise financeira global e da crise fiscal brasileira.”

Nesse cenário, as suas principais escolhas no portfólio incluem serviços públicos essenciais e shoppings, vistos como formas mais seguras de se expor ao ciclo atual, com fluxo de caixa previsível e proteção contra inflação. Entre os destaques estão Equatorial e Sabesp, que devem se beneficiar da queda no custo de capital.

Já no setor de saúde, o BBA mantém posição “overweight” (acima da média de mercado), com foco em Rede D’Or, que combina “duration” elevada com uma tese de crescimento robusta nos segmentos hospitalar e de seguros. Em transportes, há uma exposição pequena em Localiza e Rumo, ambas mencionadas na pesquisa com gestores e com potencial de se beneficiar de tendências favoráveis.

Os estrategistas afirmam que estariam mais confortáveis em aumentar a alocação em consumo e varejo (atualmente “overweight”, mas sem peso central na carteira) caso os fundamentos mostrem mais resiliência ou melhora, ou se o ciclo de afrouxamento monetário se tornar mais claro. Para o BBA, o setor de consumo também pode se beneficiar de uma possível alta na demanda vinda da queda dos juros, com impactos positivos sobre o consumo e o crédito.

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