Metrópoles
O Google enfrenta a partir desta semana um julgamento histórico. Nesta segunda-feira (21/4), terá início uma série de audiências relacionadas a uma ação judicial, que poderá redefinir o modelo de negócios da gigante do setor de tecnologia. A depender dos desdobramentos do processo, a empresa poderá ter de vender o navegador Chrome.
O objetivo das discussões é decidir, na prática, a forma pela qual o monopólio do Google no mercado de buscas da internet poderá ser desfeito. As audiências serão realizadas na Corte Distrital de Washington, da Justiça Federal americana. Elas devem se estender por três semanas.
O julgamento será supervisionado pelo juiz federal Amit Mehta, na ação contra a companhia movida pelo Departamento de Justiça dos EUA. Em agosto, Meta decidiu que o Google monopolizou ilegalmente o mercado de buscas pela internet.
O juiz considerou que pagamentos de US$ 26 bilhões efetuados pelo Google, para tornar seu mecanismo de busca a opção padrão em smartphones e navegadores, não permitiram que outras empresas entrassem nesse mercado. A decisão sobre como desfazer o monopólio, contudo, ficou para este ano, nas audiências que começam nesta segunda.
Apelação
O resultado do julgamento pode redefinir a internet, alterando o papel do Google como o portal de referência das informações online. A empresa, no entanto, planeja apelar contra uma eventual decisão desfavorável no fim do caso.
“Quando se trata de medidas antitruste, a Suprema Corte dos EUA disse que ‘cautela é fundamental’. A proposta do Departamento de Justiça joga essa cautela para o alto”, afirmou Lee-Anne Mulholland, executiva do Google, em uma postagem no domingo (20/4).
No mesmo tribunal, a Meta enfrenta um processo antitruste a respeito de aquisições do Instagram e do WhatsApp. A empresa também é dona do Facebook.