Sinop, 09/07/2025 13:58

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Madeireiras de Mato Grosso somam 390 acidentes e nove mortes em três anos

Mais de 390 acidentes de trabalho e nove mortes foram registrados em empresas madeireiras de Mato Grosso entre os anos de 2022 e 2025, conforme dados divulgados pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-MT). Diante do cenário alarmante, o Ministério do Trabalho anunciou que iniciará, a partir de agosto, uma fiscalização presencial em empresas do setor, com foco no cumprimento das normas de segurança previstas na Norma Regulamentadora nº 12 (NR-12), que trata da segurança em máquinas e equipamentos.

Os números revelam que, em 2022, ao menos 103 trabalhadores precisaram ser afastados por conta de acidentes. Em 2023, o número subiu para 120, e em 2024 foram mais 109 registros. Até julho deste ano, já são 58 casos contabilizados, mesmo sem registro de óbitos em 2025. Entre 2022 e 2024, no entanto, nove trabalhadores perderam a vida enquanto exerciam atividades no setor madeireiro. A SRTE-MT alerta que os números reais podem ser ainda maiores, devido à subnotificação de acidentes.

De acordo com o auditor fiscal Marcos Crepaldi, responsável pelo setor de Segurança e Saúde no Trabalho da superintendência, o diferencial desta nova etapa será o acompanhamento contínuo das empresas, desde a inspeção inicial até a completa adequação. Ele destaca ainda que é comum, infelizmente, encontrar trabalhadores que consideram acidentes como algo “rotineiro”, como no caso de amputações de dedos ou ferimentos graves em máquinas.

A fiscalização abrangerá cerca de 400 empresas já notificadas pelo Ministério do Trabalho nos últimos anos, localizadas em municípios como Sinop, Alta Floresta, Sorriso, Juína, Aripuanã, Cáceres, Cláudia, Itaúba, Nova Santa Helena, Marcelândia, Tabaporã e Feliz Natal, cidades que concentram parte significativa da produção madeireira do estado.

Essas empresas assinaram Termos de Compromisso com o governo federal e têm até o fim de julho para implementar uma série de exigências. Entre elas estão a instalação de sistemas de segurança em áreas de risco, dispositivos de parada de emergência, eliminação de instalações elétricas irregulares, padronização de procedimentos para operação de máquinas, sinalização adequada e fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) em quantidade e qualidade adequadas.

Caso as exigências não sejam cumpridas dentro do prazo estipulado, as empresas estarão sujeitas a multas, sanções administrativas e poderão ter seus casos encaminhados à Advocacia-Geral da União (AGU) e ao Ministério Público do Trabalho (MPT). A iniciativa integra um Procedimento Especial de Fiscalização e faz parte de uma estratégia nacional para reduzir acidentes em atividades de alto risco.

A expectativa é de que a ação intensiva da fiscalização resulte em melhorias significativas nas condições de trabalho do setor, com foco na preservação da vida, na redução de afastamentos e no fortalecimento das políticas públicas de segurança no ambiente laboral.

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