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Maria Casadevall reflete ao retornar ao cinema com suspense psicológico

A atriz Maria Casadevall, 37, retorna ao cinema em breve com “A Mulher Ao Lado” suspense psicológico sob o comando de Bárbara Paz. No filme, a atriz assume um papel que ultrapassa a esfera pessoal e se insere no debate sobre espaço, poder e desigualdade social.

Inspirado no argentino “O Homem ao Lado” (2009), dos cineastas Mariano Cohn e Gastón Duprat, o longa questiona até onde vão os limites da privacidade e o que acontece quando a exclusividade da burguesia é ameaçada por um único gesto: abrir uma janela.

À CNN, Maria Casadevall falou sobre o novo trabalho, que marca a volta dela às telonas.

Em tempos de capitalização da visibilidade, onde quanto mais se mostra, mais status se acumula, é interessante pensar como o filme expõe a fragilidade desta premissa e nos coloca a pergunta: ‘O que estamos mostrando não é o que realmente somos, ou é apenas a idealização mais próxima do que gostaríamos de ser, ou ainda do que queremos que as outras pessoas pensem que somos?’”, iniciou.

Ela concluiu a reflexão: “Portanto, quando a verdadeira exposição de si entra em cena através do olhar real do outro, a persona construída, tanto na vida quanto nas telas, ameaça ruir”, disse. 

A atriz interpreta Victoria, uma mulher irreverente que altera o equilíbrio de um casal da alta sociedade paulistana ao instalar uma janela que dá diretamente para a casa do vizinho, Leonardo (Alejandro Claveaux), um designer renomado que vive com sua esposa Ana (Bárbara Paz).

A entrada inesperada do olhar de Victoria por essa abertura gera um efeito dominó de desconforto e tensão, expondo contradições que se escondiam sob a aparente ordem do espaço.

A relação entre espaço e classe social já era central no filme original de Cohn e Duprat, cineastas que fizeram da ironia um instrumento para esmiuçar as contradições das elites latino-americanas. Em “O Cidadão Ilustre” (2016), por exemplo, a hipocrisia da intelectualidade se torna o alvo; em “Concorrência Oficial” (2021), o cinema de prestígio é desmontado pelo ridículo de seus próprios rituais.

A mesma provocação ganha um recorte brasileiro, onde os muros da desigualdade também estão em evidência. Maria, que já explorou papéis que tensionam questões sociais em “Coisa Mais Linda”, da Netflix, “Ilha de Ferro” e “Rio Connection”, ambas do Globoplay, vê o novo projeto como uma extensão natural dessa trajetória e reafirma sua busca por personagens que provocam e instigam reflexões.

Se a discussão subjetiva sobre a natureza humana não está localizada na percepção concreta do tecido social, as personagens de qualquer história se tornam estereótipos descolados da realidade, interagindo entre si e, por isso, contém pouca potência para atravessar e transformar o imaginário coletivo”, afirma.

As filmagens de “A Mulher Ao Lado” começaram em fevereiro. O longa é produzido por Eduardo Rosemback e Guilherme Valentini.

“O Auto da Compadecida 2” é a maior estreia nacional desde a pandemia

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