Morreu nesta sexta-feira (5/9), o documentarista brasileiro Silvio Tendler, aos 75 anos. Ele estava internado no Rio de Janeiro. A notícia foi confirmada pela família.
Silvio era autor de mais de 70 filmes entre curtas e longas e marcou a história brasileira com uma série de documentários políticos como: Os Anos JK — Uma Trajetória Política (1981), Jango (1984), Marighella, Retrato Falado do Guerrilheiro (2001) e Tancredo: A Travessia (2010).
O diretor era conhecido como “cineasta dos sonhos interrompidos” ou “cineasta dos vencidos”, e ficou marcado pelo engajamento políticos em suas obras e pela defesa da memória. A maioria das obras dele narravam histórias de personalidades que tiveram as vidas interrompidas pela repressão ou pela morte precoce.
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Silvio Tendler
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil2 de 4
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Cristovam Buarque, Yasser Arafat e Silvio Tendler
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Além dos trabalhos no cinema documental, Silvio Tendler também foi secretário de Cultura e Esporte do Distrito Federal entre 1995 e 1996, durante o governo de Cristovam Buarque.
Em 2011, Silvio Tendler enfrentou uma doença grave que o deixou tetraplégico por um tempo. Ele precisou passar por uma cirurgia e um tratamento que o ajudou a recuperar os movimentos. Esse período da vida do diretor foi registrado no documentário A Arte do Renascimento, de Noilton Nunes.
O último trabalho de Silvio como cineasta foi em 2023, com o documentário O Futuro é Nosso!. O projeto se diferenciou dos demais por ter sido gravado e realizado durante a pandemia, via videoconferências.