A cantora Preta Gil morreu aos 50 anos neste domingo (20), em Nova York, nos Estados Unidos. A informação foi confirmada pela assessoria da artista, que informou que a família deve se manifestar em breve.
Filha de Gilberto Gil, Preta enfrentava desde 2023 uma intensa batalha contra um câncer colorretal, que acabou se agravando nos últimos meses.
Diagnosticada com a doença em janeiro de 2023, Preta chegou a entrar em remissão no fim do mesmo ano. No entanto, em agosto de 2024, o câncer retornou com metástases em quatro regiões do corpo: dois linfonodos, o peritônio e o ureter.
Em busca de novas alternativas de tratamento, a cantora recorreu a especialistas nos Estados Unidos e passou por uma cirurgia complexa de 20 horas, realizada em dezembro.
Durante todo o processo, Preta Gil dividiu com os fãs os altos e baixos da luta contra a doença. Foram diversas internações, exames, sessões de quimioterapia e procedimentos cirúrgicos — incluindo uma histerectomia e a retirada do reto.
A luta de Preta Gil contra câncer
Em 2024, ao revelar a volta do câncer, destacou que os tratamentos no Brasil não estavam surtindo o efeito esperado e buscou soluções experimentais em centros de referência internacional.
Além de cantora e compositora, Preta foi uma importante voz em pautas sociais. Usou sua visibilidade para combater o racismo, defender os direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIA+ e reforçar o discurso da autoaceitação.
“Sou uma mulher preta, gorda, bissexual”, disse em uma entrevista à revista Quem, celebrando seus 20 anos de carreira em 2022.
Preta Gil era mãe de Francisco, de 28 anos, e avó de Sol de Maria, de 7. Também era afilhada de Gal Costa e considerava Caetano Veloso como um tio. Sua trajetória artística foi marcada por irreverência, força e autenticidade.
Ela deixa um legado de coragem, representatividade e afeto, tanto na música quanto na luta por um mundo mais inclusivo.
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