Sinop, 09/08/2025 17:52

o Brasil que acorda cedo e alimenta o mundo

Neste 1º de maio, Dia do Trabalho, é preciso voltar os olhos com respeito e orgulho para uma classe que, muitas vezes distante dos centros urbanos, cumpre silenciosamente uma missão essencial: alimentar o Brasil e o mundo. São os trabalhadores da agropecuária e da indústria agroalimentar, protagonistas de uma das maiores transformações econômicas da história nacional.

Há 70 anos, o Brasil era dependente da importação de alimentos básicos. Hoje, é um dos maiores exportadores do planeta. Essa virada histórica não aconteceu por acaso. Foi construída com suor, resiliência e uma disciplina quase poética: o campo acorda cedo — muito antes de o sol nascer — para garantir que a mesa do brasileiro esteja farta e o mundo abastecido.

Durante a pandemia da Covid-19, quando o mundo urbano parou, o campo não se confinou. Enquanto milhões se isolavam para conter o avanço do vírus, o agronegócio brasileiro continuou firme, operando com responsabilidade sanitária, mas sem interromper sua produção. Foi essa coragem e compromisso que garantiram comida na mesa dos brasileiros em um dos períodos mais incertos da nossa história recente.

Atrás de cada safra de soja, de cada litro de leite, de cada corte de carne, há milhares de mãos calejadas que moldaram não apenas os frutos da terra, mas a própria imagem de um Brasil moderno e competitivo. É o esforço diário desses homens e mulheres do agro que sustenta cidades, movimenta portos, alimenta mercados e impulsiona o PIB nacional.

O trabalhador rural não conhece feriado quando a lavoura exige cuidado. A indústria que processa esses alimentos opera em ritmo intenso para garantir qualidade, abastecimento e inovação. Trata-se de um ecossistema que envolve o pequeno agricultor, o técnico agrícola, o operário da agroindústria, o caminhoneiro e tantos outros elos dessa cadeia vital.

Neste 1º de maio, temos, sim, o que comemorar. Celebrar o trabalhador da agropecuária é celebrar a superação de um país que saiu da insegurança alimentar para se tornar potência global do agronegócio. É reconhecer que os calos nas mãos de quem produz nosso alimento são marcas de uma contribuição inestimável para a saúde da humanidade.

Que este dia sirva não apenas para homenagens, mas também para renovar o compromisso com políticas públicas, infraestrutura e respeito a quem, do campo à indústria, faz do Brasil um celeiro para o mundo.

Miguel Daoud é comentarista de Economia e Política do Canal Rural


Canal Rural não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos emitidos nos textos desta sessão, sendo os conteúdos de inteira responsabilidade de seus autores. A empresa se reserva o direito de fazer ajustes no texto para adequação às normas de publicação.

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Projetos do Executivo e vereadores avançam na Comissão de Legislação da Câmara de Alta Floresta

A Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final (CLJRF) da Câmara Municipal de Alta Floresta…

Série D: assista ao vivo e com imagens Rio Branco-ES x Luverdense-MT

O Metrópoles transmite, ao vivo e com imagens, a partida entre Rio Branco-ES x Luverdense-MT,…

Estrela do SBT é detonada por Seu Jorge após confusão em aeroporto

Uma situação caótica foi vivida por Seu Jorge em um aeroporto de São Paulo. Ele…