Sinop, 08/08/2025 22:00

O que se sabe sobre o plano de Israel para tomar a cidade de Gaza | Mundo

Israel anunciou, nesta sexta-feira (8), um plano para tomar o controle da cidade de Gaza com a intenção de encerrar o conflito que se arrasta desde 2023. O plano foi aprovado com maioria de votos pelo gabinete de segurança israelense.

De acordo com o anúncio, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) começaram a se preparar para a operação para tomar o controle da cidade ao mesmo tempo que distribuem ajuda humanitária para a população fora das zonas de combate.

O comunicado publicado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu detalha cinco princípios da operação das IDF para tomar o controle da cidade.

Os princípios consistem em:

  1. Desamar o Hamas;
  2. O retorno de todos os reféns, vivos ou mortos;
  3. A desmilitarização da Faixa de Gaza;
  4. O controle de segurança israelense sobre a Faixa de Gaza;
  5. O estabelecimento de uma administração civil que não seja o Hamas ou a Autoridade Palestina.

Segundo o Netanyahu, é necessária mais pressão militar para atingir o objetivo de libertar os reféns e destruir o Hamas.

No dia anterior, Netanyahu havia dito que o plano era tomar toda a faixa de Gaza, mas sem o objetivo de manter o controle sobre a região. A meta seria entregar o controle a alguma força árabe que não seja uma ameaça a Israel.

Por que só a cidade de Gaza?

A mídia israelense relata que houve uma mudança de rota nos planos. Inicialmente, a ideia de Netanyahu era realmente seguir o que disse em entrevista e tomar toda a Faixa de Gaza.

No entanto, segundo os relatos, houve discussões acaloradas com o chefe do exército de Israel, que se opôs fortemente à tomada de toda a região. A discordância levou ao anúncio da tentativa de tomar apenas a cidade.

Qual é a situação atual da cidade?

A cidade de Gaza é a maior área urbana do território e foi profundamente afetada pelos bombardeios de Israel.

Antes do conflito, a cidade tinha cerca de 700 mil habitantes, mas centenas de milhares já fugiram da cidade após as ordens de evacuação no início da guerra, ainda em 2023.

Atualmente, Israel já controla 75% da Faixa de Gaza, e estima-se que cerca de 2 milhões de palestinos ainda se refugiam na cidade de Gaza, em Deir al-Balah e em campos de refugiados na área de Muwasi.

O anúncio dos planos de Israel atraiu a atenção da comunidade internacional, que se manifestou em peso contra a escalada no conflito.

Israel recebeu críticas até mesmo de países com quem historicamente esteve alinhado. É o caso do Reino Unido, que já havia ameaçado reconhecer o Estado da Palestina diante da crise humanitária em Gaza, e agora diz que a decisão israelense é errada e deve ser reconsiderada.

Friedrich Merz, chanceler da Alemanha, também condenou o plano e afirmou que não autorizará a venda a Israel de equipamentos militares que possa ser utilizado em Gaza até segunda ordem.

Volker Turk, chefe de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), diz que o plano de tomada militar de Gaza deve ser imediatamente interrompido.

O ministério de Relações Exteriores da Turquia conclamou lideranças internacionais para impedir que o plano de Israel seja executado.

A China também se manifestou, declarando ver o plano com “sérias preocupações” e pediu para que Israel cesse suas ações. O porta-voz do ministério de relaçoes exteriores cita que “Gaza pertence aos palestinos e é uma parte inseparável do território palestino”.

Outros países que se manifestaram contrários à decisão foram Arábia Saudita, Austrália, Bélgica, Espanha, Finlândia, Países Baixos e Suécia.

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