O forte terremoto de magnitude 8,8 registrado ao largo da península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, provocou ondas de tsunami de até 5 metros nas proximidades e gerou ordens de retirada em locais tão distantes quanto o Havaí e em todo o Pacífico nesta quarta-feira (30).
No Havaí, ondas de até 1,7 metro atingiram as ilhas antes que o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico reduzisse seu nível de alerta para o Estado por volta das 5h50 (horário de Brasília), dizendo que não era esperado um tsunami de grandes proporções.
Os moradores da costa foram orientados a se refugiar em locais altos e a Guarda Costeira dos EUA ordenou que os navios saíssem dos portos.
Os voos do aeroporto de Honolulu foram retomados, informou o departamento de transportes, enquanto o principal aeroporto de Maui permanecia fechado, com os passageiros abrigados no terminal.
Ondas de tsunami de quase meio metro foram observadas na Califórnia, e ondas menores atingiram a província canadense da Colúmbia Britânica.
O Serviço Geológico dos EUA disse que o terremoto foi raso, a uma profundidade de 19,3 km, e com epicentro 119 km a leste-sudeste de Petropavlovsk-Kamchatsky, uma cidade de 165.000 habitantes.
Os alarmes de tsunami soaram nas cidades costeiras do Pacífico japonês e foram emitidas ordens de retirada para dezenas de milhares de pessoas.
Três ondas de tsunami foram registradas no Japão, sendo a maior de 1,3 metro, segundo as autoridades.
O Sistema de Alerta de Tsunamis dos EUA afirmou que ondas de mais de 3 metros eram possíveis ao longo de algumas regiões costeiras da Rússia, das ilhas do norte do Havaí e do Equador, enquanto ondas de 1 a 3 metros eram possíveis em países como Japão, Havaí, Chile e Ilhas Salomão.