Embora os ganhos tenham sido contidos, o bom momento do ouro se estendeu para o pregão desta terça-feira (16), e os contratos futuros encerraram a sessão em alta e renovaram máximas históricas de fechamento. A expectativa pelo início do ciclo de afrouxamento monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e a demanda pelo ativo por bancos centrais dão suporte ao rali do ouro nas últimas semanas.
Na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos futuros de ouro com entrega para o mês de outubro encerraram em alta de 0,16%, a US$ 3.695,5 por onça-troy.
Diante do iminente início do ciclo de afrouxamento monetário e um período de inflação mais alta nos Estados Unidos, o Bank of America reiterou a projeção do ouro atingindo US$ 4 mil por onça-troy para 2026. “Preocupações com a estagflação, que geralmente é um fator de alta para o ouro, continuam sendo o foco dos participantes do mercado de metais preciosos”, disse o banco em relatório enviado aos clientes.
Os estrategistas de commodities do BofA, liderados por Michael Widmer, notam que os bancos centrais continuam aumentando sua exposição ao ouro e agora têm maior detenção do metal precioso do que Treasuries. “O ouro também reagiu à apreensão com as perspectivas fiscais desafiadoras e o aumento do endividamento em muitos mercados desenvolvidos e emergentes”, disse.