Após diversas semanas de resultados ruins, o fechamento do mês não poderia ser de outra forma: outubro foi bastante fraco nas bilheterias, registrando o pior público (pouco mais de 4,9 milhões de espectadores) desde agosto de 2022. O pior público mensal de 2025 até então havia sido o de março, que recebeu cerca de 6,5 milhões de espectadores. Outubro fez exatamente a metade da média do ano até agora, que é de 9,8 milhões de ingressos vendidos por mês.

A renda ficou em pouco mais de R$ 98 milhões, a única vez no ano que o faturamento mensal ficou abaixo dos R$ 100 milhões. O último mês a registrar um faturamento abaixo de R$ 100 milhões foi setembro de 2024.


O outubro fraco não foi uma exclusividade do Brasil. Os EUA, por exemplo, tiveram o último fim de semana como o pior do ano por lá.
Em termos gerais, porém, os números do ano até agora passam longe de ser um fracasso. Seus totais estão ligeiramente abaixo de 2025 em público (-5,5%) e renda (-3%), enquanto os nacionais estão cerca de 21% acima, em ambos os quesitos.

A cada dez bilhetes comercializados neste ano, de janeiro até agora, um foi para um filme brasileiro. O principal resposável por isso foi Perrengue Fashion (DT/Paris), que vendeu 355 mil ingressos (R$7,2 milhões) no período.

No recorte mensal, o público nacional tem um salto considerável, se comparado com o mesmo mês de 2024: foram 175% a mais de frequência nas telonas (689,8 mil em outubro de 2025 contra 250 mil em outubro de 2024).
Falando do parque exibidor, o Brasil acaba de bater a marca de mais de 3,5 mil salas — 227 VIPs — espalhadas por 848 cinemas do país.

