21/03/2025
Parecer da CCJR é derrubado e projeto de Dídimo segue para votação
Da Assessoria – Vereador Dídimo Vovô
O vereador Dídimo Vovô (PSB) travou uma batalha nos últimos três meses para aprovar a implementação de seu projeto de lei, que visa garantir o direito dos profissionais da educação de se alimentarem com o excedente da merenda escolar. A proposta, aprovada em dezembro de 2024, foi vetada pelo prefeito Abílio Brunini (PL) em janeiro deste ano, e o veto mantido pelos vereadores. Desde então, diversas justificativas foram apresentadas para a decisão.
A grande reviravolta ocorreu na sessão ordinária desta quinta-feira, 20 de março, quando o projeto – reapresentado pelo vereador Dídimo Vovô, com alterações – teve seu parecer contrário da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) submetido ao plenário, que precisava decidir se o parecer seria mantido ou derrubado. Se fosse uma partida de futebol, poderíamos dizer que, desta vez, o vereador venceu por goleada.
Demonstrando resiliência e buscando esclarecer as alegações contrárias ao projeto, Dídimo Vovô conquistou a confiança dos demais parlamentares. Ele conseguiu articular o debate de forma a sensibilizar a ampla maioria da Câmara, fazendo com que compreendessem não apenas a necessidade do projeto, mas também sua importância para milhares de profissionais da rede pública municipal de educação. Atualmente, esses profissionais enfrentam restrições normativas que os impedem de ter acesso à alimentação oferecida aos alunos.
Entre os momentos mais marcantes da sessão, destacou-se o embate entre a vereadora Samanta Íris (PL) e o vereador Dídimo Vovô. Como presidente da CCJR, Samanta defendeu o parecer contrário da comissão e, em sua argumentação, utilizou palavras que sugeriam que Dídimo havia feito declarações pejorativas. O vereador prontamente rebateu a fala da presidente da comissão de forma firme, mas, logo em seguida, pediu a palavra à presidente da Câmara, Paula Calil. No tempo concedido, Dídimo fez questão de se retratar:
“Samanta, como bom cristão e homem de Deus que sou, quero te pedir perdão por ter agido de forma ríspida e truculenta. Meus princípios evangélicos me dizem que fui incoerente com a senhora, e reconheço meu erro. Sei que jamais deveria ter agido assim, e por isso peço perdão.”
Diferentemente de outras ocasiões, em que adotou um tom mais combativo, nesta sessão Dídimo preferiu um discurso conciliador. Ele agradeceu a todos por compreenderem a importância do projeto e ressaltou que mais de 9 mil profissionais da educação sofrem por não poderem acessar um alimento cujo custo é irrisório se comparado ao de uma refeição em um restaurante.
Por fim, a matéria deve ser apresentada novamente no expediente da sessão ordinária da próxima terça-feira, 25 de março. Caso seja aprovada, há grandes chances de que, desta vez, receba a sanção do prefeito Abílio Brunini.
Fonte: Câmara de Cuiabá – MT