O delegado Gerson Rodrigues, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que recebeu a denúncia de que os corpos de José Wallefe dos Santos Lins e Gabriely Silva de Jesus e estariam enterrados em uma área de mata no Residencial Isabel Campos, em Várzea Grande. Ele afirmou que a equipe vai continuar procurando no local e que, se precisar, vão retornar no sábado e domingo para vasculhar a área. Nesta quinta-feira, 14 de agosto, o delegado afirmou que há muita presença de faccionados na região.
“É interesse deles que a gente encontre para que a polícia não fique aqui circulando, haja vista existem cidadãos de bem morando nesta região, mas infelizmente existe uma grande presença da facção criminosa Comando Vermelho”
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Ele contou que suspenderam as investigações por causa da chegada da noite, mas que vão retornar no dia seguinte com cães farejadores, para encontrar os dois desaparecidos.
O investigador Rafael, que também conversou com a imprensa, disse que o local é conhecido como “Lagoa do Arcanjo” e que outros corpos de pessoas desaparecidas já foram encontrados neste local. Ele afirma que o local é desova de corpos pela facção criminosa.
Sobre o caso
Gabriely é uma jovem trans e está desaparecida desde o dia 12 de agosto. Segundo relatos da família, seu desaparecimento está ligado ao sequestro de seus vizinhos e amigos próximos: José Wallefe dos Santos Lins (28 anos), Ariane da Silva Cerqueira (27) e o filho do casal, Gabriel (1 ano).
Gabriely morava em frente ao apartamento da família no bairro Jacarandá, em Várzea Grande, e teria sido levada por membros de uma facção criminosa após tentar impedir a agressão contra Ariane. Ela teria pedido que um homem não batesse em Ariane para evitar ferimentos graves.
José Wallefe dos Santos Lins, de 28 anos, membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), está desaparecido desde o último sábado (9 de agosto), após ter sido sequestrado por integrantes do Comando Vermelho (CV), em Várzea Grande. Ele possui mais de sete passagens criminais registradas no estado de Alagoas, incluindo homicídio. José era considerado um dos líderes da facção rival no estado onde morava, em Maceió.
