O juiz Francisco Ney Gaíva, da 14ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou a transferência do policial militar Jackson Pereira Barbosa para a Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães. Ele estava preso no Batalhão de Operações Especiais (Rotam), em Cuiabá, e, mesmo assim, teria tentado enviar R$ 10 mil ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) utilizando a identidade do presidente José Zuquim. Além disso, foram encontrados celular e uma faca na cela do policial.
O pedido foi do Ministério Público do Estado (MPMT) após a prisão de outro militar, Eduardo Soares de Moraes, que foi pessoalmente entregar o envelope com R$ 10 mil em espécie no TJMT, supostamente, a mando de Jackson. Com isso, o MP concluiu que mesmo preso no batalhão, Jackson estaria agindo.
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Durante revista no local, no último dia 13 de agosto, policias teriam encontrado um telefone celular da Samsung e uma faca na cela do suspeito. Jackson disse que os objetos pertenciam a outro preso com quem dividia a cela.
Com esses elementos, o MP fez o pedido e justificou que a prisão no batalhão não estava sendo o suficiente para conter a ação do policial.
“A permanência de Jackson Pereira Barbosa no referido batalhão representa, portanto, um risco concreto e iminente à ordem pública e à própria credibilidade do sistema de justiça. É inadmissível que um ambiente destinado à custódia de agentes de segurança pública se torne um ambiente onde se planejam e executam novas infrações penais que atentam contra as mais altas Instituições do Estado”, sustentou.
Jackson está preso por intermediar o assassinato o advogado Renato Nery, em 7 de julho de 2024. Segundo investigações, Jackson teria encontrado com o policial Heron para encomendar a morte do jurista por R$ 200 mil a mando de um casal de produtores rurais, Cesar Sechi e Julinere Goulart Bentos.
Com isso, o militar foi enviado à Cadeia de Chapada dos Guimarães por ser uma prisão para militares, porém, com disciplina mais rigorosas.
