O deputado estadual Júlio Campos (União) contestou a demora em responsabilizar os possíveis responsáveis pelo agravamento no problema de abastecimento de água no município de Várzea Grande. Para o deputado, se já se sabe quem boicotou o serviço no Departamento de Água e Esgoto (DAE), deveria ser feito a prisão, tanto de quem boicotou, quanto do mandante.
“Eu acho que qualquer boicote tem que ser preso. Se ele sabe, já deveria ter prendido. Ele está prevaricando em não prender quem já foi descoberto. O povo de Várzea Grande não pode ser prejudicado com falta d’água por causa de boicote. Tem que prender quem fez e também que mandou fazer, quem incentivou ele a fazer isso. Tem que colocar na cadeia quem cometeu o crime”, disparou o deputado.
Durante entrevista ao Jornal do Meio Dia, na TV Vila Real, na terça-feira (25), o comandante da Guarda Municipal de Várzea Grande, Juliano Lemos, revelou que uma operação conjunta da Guarda Municipal com a Delegacia de Roubos e Furtos da cidade já identificou os suspeitos de furtar e vandalizar as Estações de Tratamento de Água e Esgoto do município.
Apesar de afirmar que os criminosos já foram identificados, o comandante pontuou que o trabalho de investigação está em andamento na Polícia Civil.
“Nós estamos colhendo as informações. Alguns vândalos já estão identificados em um trabalho integrado da Guarda Municipal com a Delegacia de Roubos e Furtos de Várzea Grande. Eles não foram apresentados ainda porque o trabalho está em fase de investigação”, disse Juliano Lemos.
Várzea Grande vive uma das piores crises no abastecimento de água, problema que já se arrasta por anos no município. A prefeita Flávia Moretti (PL) já havia afirmado que o agravamento da situação era fruto de boicote.