O servidor público municipal Wanderlan Gondim Silveira foi exonerado de suas funções pela Prefeitura de Novo São Joaquim (a 465 km de Cuiabá), após ser flagrado praticando atos obscenos dentro de sua sala funcional, utilizando o computador da administração pública. A decisão foi publicada no Diário Oficial da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) desta quarta-feira (2).
O caso ocorreu no dia 24 de março deste ano, quando o servidor foi surpreendido se masturbando dentro de sua sala. À época, o prefeito Leonardo Faria Zampa determinou a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e afastou Wanderlan do cargo durante as investigações.
Com a conclusão do PAD, foi comprovado que o servidor cometeu infrações ao estatuto dos servidores públicos, não apenas pela prática do ato obsceno, mas também por utilizar o equipamento funcional da prefeitura para acessar conteúdo impróprio.
Na decisão, o prefeito ressaltou a gravidade da conduta, destacando que o comportamento do servidor é “incompatível com a função pública, sobretudo por ter ocorrido dentro da sede da Prefeitura e com o uso de equipamento oficial”. Ele ainda afirmou que “as provas são lícitas e não violaram a intimidade do servidor”, reforçando o entendimento de que o interesse público deve prevalecer.
Além da demissão, foi determinada a instauração de uma sindicância para apurar o desaparecimento do HD do computador utilizado pelo servidor, localizado na sala da contabilidade. O caso também foi encaminhado para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e para o Conselho Regional de Contabilidade (CRC), a fim de que seja avaliada a conduta ética e profissional do servidor, que também atua como contador.
Ainda segundo apuração, Wanderlan já havia sido afastado anteriormente por acusações de assédio sexual, mas retornou ao cargo por decisão judicial, após a prefeitura alegar falta de profissionais habilitados na cidade para ocupar a função de contador.