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Soja avança 12% e ocupa mais de 52 milhões de hectares no Brasil, revela mapeamento inédito da SpectraX

A próxima safra de soja no Brasil ainda nem começou, mas já está sob o olhar atento da tecnologia. De forma inédita, a SpectraX, empresa especializada em inteligência territorial, concluiu um mapeamento completo da safra 2024/25, revelando que o país tem 52,5 milhões de hectares cultivados com soja – um crescimento de 12,1% em relação ao ciclo anterior, quando foram registrados 46,8 milhões de hectares.

Esse avanço representa mais 5,6 milhões de hectares e reforça a potência do agronegócio brasileiro, ao mesmo tempo que amplia o debate sobre o uso da terra, a ocupação de biomas sensíveis e a dinâmica fundiária. A análise foi realizada com base em imagens de satélite de alta resolução, inteligência artificial e cruzamento com bases oficiais, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), além de informações sobre assentamentos e territórios indígenas.

“Esse é o maior levantamento geoespacial da soja feito até hoje no Brasil com precisão científica em ponto a ponto de cada área no país, e o mais antecipado. Nossa missão é gerar inteligência aplicada, unindo ciência, precisão e compromisso com o desenvolvimento sustentável”, afirma o CEO da SpectraX e pesquisador Dr. Carlos Silva Junior.

Mato Grosso cresce menos, mas mantém liderança isolada

Mato Grosso permanece como o maior produtor nacional, com 13,9 milhões de hectares de soja – cerca de 26,5% de toda a produção do país. O estado registrou um crescimento de 893 mil hectares em relação à safra passada, o que representa um avanço de 6,9%.

Apesar de liderar com ampla vantagem, o crescimento mato-grossense é proporcionalmente menor do que o de outras unidades da federação. O Rio Grande do Sul, por exemplo, cresceu 8,4%, saltando para 7,35 milhões de hectares. Goiás teve expansão de 7,6%, com mais de 5,4 milhões de hectares. Já o Paraná, com 6 milhões de hectares, apresentou avanço de 5,5%.

“O que vemos é que a soja está se expandindo de forma distribuída, com estados de diferentes regiões contribuindo para esse avanço. Mato Grosso ainda é um gigante, mas o crescimento relativo maior em outros estados mostra como a cultura está se interiorizando e ganhando novos territórios”, comenta o pesquisador.

A liderança de Mato Grosso também se destaca quando se analisa o tamanho médio das propriedades com soja. Segundo dados cruzados com o CAR, o estado cultiva a soja em 93.956 CAR´s, enquanto no Pará são 90.297 e no Maranhão em 33.538 CAR´s. Em contraste, os estados do Sul apresentam perfil fundiário diferente: no Paraná, são 586 mil registros de CAR, enquanto no Rio Grande do Sul são 412 mil registros que cultivam a cultura agrícola.

Soja ocupa assentamentos, terras indígenas e avança sobre biomas sensíveis

Um dos pontos mais relevantes do levantamento está na abrangência social e ambiental da cultura da soja. Segundo a SpectraX, a safra recém-concluída está presente em 1.688 assentamentos rurais, ocupando 1,47 milhão de hectares e em 157 territórios indígenas, com uma área cultivada de 205,80 mil hectares.

“Esses números mostram que a produção de soja no Brasil não está restrita às grandes fazendas ou ao agronegócio empresarial. Há uma presença crescente em territórios de reforma agrária e em áreas indígenas, o que exige atenção técnica e política para garantir segurança jurídica, boas práticas agrícolas e respeito às legislações socioambientais”, alerta o CEO.

Metade no Cerrado

Do ponto de vista ambiental, o mapeamento revela que quase 50% da soja brasileira está no bioma Cerrado, com 26 milhões de hectares. A Mata Atlântica ocupa a segunda posição, com 11,5 milhões de hectares, seguida pela Amazônia, onde foram identificados 9,6 milhões de hectares de soja. Embora biomas como Pampa, Caatinga e Pantanal tenham participação residual, a presença da soja em ecossistemas sensíveis como Amazônia e Mata Atlântica acende o alerta sobre a necessidade de uso e manejo da terra de forma sustentável.

 

Nas próximas semanas, a SpectraX deve apresentar uma nova camada do estudo, detalhando a ocupação da soja em áreas de pastagem convertida, o que permitirá uma análise ainda mais aprofundada sobre os impactos e as tendências do uso da terra no país.

 

“Nosso compromisso é com a transparência e a inteligência territorial e somos pioneiros nisso, mapeando áreas de soja desde 2012 junto ao desenvolvimento e melhoramento de nossos algoritmos via imagens de satélites. Oferecemos uma base de dados inédita, que pode ser usada por jornalistas, pesquisadores, formuladores de políticas públicas e o próprio setor privado. Monitorar o avanço agrícola com responsabilidade é o primeiro passo para garantir um futuro sustentável”, conclui o Prof. Dr. Carlos Silva Junior.

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