O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi apresentado como presidenciável ao participar, em Lisboa, nesta sexta-feira (4), de um evento ao lado do pré-candidato à presidência de Portugal, almirante Henrique Gouveia e Melo.
Tarcísio participou de dois debates no 13º Fórum de Lisboa, evento promovido por uma instituição de ensino fundada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
No primeiro, ao lado do ex-comandante da Marinha de Portugal, que deve concorrer à presidência em janeiro, o governador paulista foi apresentado pelo moderador da mesa, o ex-ministro Raul Jungmann, como “outro presidenciável”, gerando alvoroço na plateia. O painel discutiu investimentos militares e Tarcísio disse que só é favorável ao uso das Forças Armadas na segurança pública em casos muito específicos.
No segundo debate, ao lado do procurador-geral Paulo Gonet e do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, entre outras autoridades, o governador paulista debateu o combate às organizações criminosas. Na plateia estava o seu secretário de segurança, Guilherme Derrite.
O governador defendeu que, para o combate ao crime organizado, é preciso estabelecer uma relação de “cooperação federativa” que tenha a confiança como base. “Às vezes, essa cooperação não acontece justamente por falta de confiança entre as instituições”, disse.
Tarcísio comentou que o crime organizado está se infiltrando em negócios como combustíveis e gestão de resíduos. “Se tivermos a fórmula para combater o crime organizado, vamos resolver o problema da violência no Brasil”, afirmou.
“Ninguém vai vencer o Estado. O crime não vai vencer o Estado. Isso não vai acontecer. O Estado sempre vai ser mais poderoso que o crime e vai garantir condições aos nossos empresários de investir, vai garantir a segurança para os nossos cidadãos”, disse o governador.
Tarcísio foi tietado pelos participantes da área vip do evento, apelidado de “Gilmarpalooza”, e deixou o local sem falar com a imprensa.
