Sinop, 03/08/2025 21:47

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Tarifaço dos EUA ameaça 90% das exportações de madeira de MT e pode gerar prejuízo de R$ 45 milhões

O setor madeireiro de Mato Grosso vive um momento de forte apreensão após a imposição de tarifas extras pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida, assinada pelo ex-presidente Donald Trump, afeta diretamente as exportações de madeira beneficiada, e pode travar até 90% dos embarques destinados ao mercado norte-americano.

Segundo o presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Ednei Blasiu, cerca de 500 contêineres de pisos e decks já estão prontos ou em fase final de produção, cada um com cerca de 28 toneladas. Juntos, esses produtos somam aproximadamente 14 mil toneladas de madeira de alto padrão e representam um prejuízo estimado superior a US$ 8 milhões, o equivalente a R$ 45 milhões.

Antes das novas tarifas, o setor florestal mato-grossense projetava exportar mais de US$ 20 milhões em 2024, com base em contratos firmados e no desempenho do primeiro semestre, que já havia alcançado US$ 8,6 milhões.

“Você preparou toda a sua estrutura, o seu faturamento está voltado para um produto americano. De repente, da noite para o dia, devido a um tarifaço, você perde totalmente a sua fonte de receita”, lamentou Blasiu.

Fábricas podem parar

A crise ameaça paralisar diversas indústrias especializadas na produção de pisos e decks, especialmente nas cidades de Aripuanã, Alta Floresta, Sinop e Juína, onde há forte dependência do mercado americano. Essas unidades recebem matéria-prima de ao menos 60 municípios e movimentam uma cadeia produtiva altamente interligada e geradora de empregos.

Embora ainda haja dúvidas sobre a inclusão específica dos pisos de madeira maciça, com ou sem verniz, e do chamado decking, o setor já suspendeu parte dos embarques diante do risco iminente de prejuízos.

Blasiu ressalta que o padrão técnico e a especificidade dos produtos voltados ao mercado norte-americano dificultam a adaptação imediata a outros destinos, como Europa ou Ásia. “São produtos de alto valor agregado, com acabamento refinado e mão de obra qualificada desde o manejo até a pintura final. É difícil redirecionar esse volume de forma imediata”, destacou.

O setor aguarda definições mais claras sobre o alcance das medidas tarifárias e possíveis alternativas para evitar o colapso de uma cadeia que sustenta empregos e movimenta a economia em dezenas de municípios mato-grossenses.

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