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Trump impõe novas tarifas a 14 países e adia tarifaço global para agosto

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (7) a imposição de novas tarifas sobre produtos importados de 14 países, com alíquotas que variam de 25% a 40%. As medidas, que entram em vigor no dia 1º de agosto, foram formalizadas por meio de cartas enviadas aos líderes dessas nações e compartilhadas em seu perfil na rede Truth Social.

Reuters/Elizabeth Frantz/File Photo

A iniciativa marca a retomada da estratégia tarifária de Trump, que busca pressionar parceiros comerciais a firmarem acordos bilaterais com os Estados Unidos. A decisão também prorroga, por mais três semanas, a suspensão das chamadas “tarifas recíprocas”, previstas inicialmente para voltar a vigorar nesta quarta-feira (9).

Países atingidos

Entre os países notificados estão Japão, Coreia do Sul, Indonésia, Tailândia, Malásia e África do Sul. As tarifas mínimas variam conforme o país, com destaque para Laos e Mianmar, que enfrentam as maiores taxas, de 40%. Veja as alíquotas anunciadas:

  • África do Sul: 30%
  • Bangladesh: 35%
  • Bósnia e Herzegovina: 30%
  • Cambodja: 36%
  • Cazaquistão: 25%
  • Coreia do Sul: 25%
  • Indonésia: 32%
  • Japão: 25%
  • Laos: 40%
  • Malásia: 25%
  • Myanmar: 40%
  • Sérvia: 35%
  • Tailândia: 36%
  • Tunísia: 25%

As cartas enviadas seguem um modelo padrão, ressaltando que as tarifas são inferiores ao necessário para compensar os déficits comerciais dos EUA com cada país, mas que podem ser revistas caso não haja cooperação. Trump também sinalizou que, se os países decidirem retaliar com tarifas próprias, os valores serão somados às taxas já estabelecidas.

Pressão por acordos e recado ao Brics

Segundo a Casa Branca, a ação faz parte de uma estratégia para “demonstrar força e compromisso” com os interesses comerciais dos Estados Unidos. Trump reiterou estar aberto a negociações, mas alertou que o prazo de 1º de agosto não é flexível: “Diria que é definitivo, mas não 100%. Se houver disposição para um novo acordo, ouviremos”, afirmou.

Até agora, os Estados Unidos só chegaram a entendimentos limitados com Reino Unido, Vietnã e China — neste último caso, os termos ainda estão sendo avaliados. Outros parceiros, como União Europeia, Japão, Índia e Suíça, ainda tentam evitar as tarifas com concessões de última hora.

Trump também intensificou o tom contra o Brics, grupo que reúne economias emergentes como Brasil, China, Rússia, Índia, África do Sul e outros países. No fim de semana, o presidente americano prometeu aplicar uma tarifa adicional de 10% a qualquer nação que, segundo ele, “se alinhar às políticas antiamericanas do Brics”.

Reações internacionais

A proposta provocou reações imediatas. A China afirmou que o uso de tarifas como instrumento de pressão “não serve a ninguém”. A Rússia, por sua vez, defendeu que o Brics promove uma cooperação baseada em interesses próprios, sem hostilidade a terceiros. A África do Sul classificou o bloco como uma ferramenta em prol do multilateralismo e da reforma da ordem global.

Leia Mais: Trump anuncia tarifa de 10% para produtos brasileiros

O Brasil, também integrante do Brics, ainda não se manifestou oficialmente sobre as novas tarifas ou sobre a ameaça de sobretaxa adicional.

O que está em jogo

Com a aproximação das eleições presidenciais nos Estados Unidos, a escalada tarifária se torna mais uma peça do discurso econômico de Trump, que aposta em uma postura mais agressiva para reduzir déficits comerciais e estimular a produção doméstica. No entanto, especialistas alertam para o risco de retaliações e novos desequilíbrios no comércio global.

O prazo de três semanas até o início das tarifas representa uma última janela para negociações. A depender da resposta dos países atingidos, o cenário poderá evoluir para uma nova rodada de tensões comerciais com impacto direto em setores como tecnologia, agricultura e indústria pesada.

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